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Eleições 2022

Jornalista entende que Sondagens eleitorais devem abranger aldeias rurais de Angola

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O jornalista Coque Mukuta, correspondente da Voz da América em Luanda, considerou normais as Sondagens de inquérito que têm sido divulgadas no país, sobre as preferência dos cidadãos eleitores entre os partidos políticos angolanos. Defende, por outro lado, que estas pesquisas devem abranger também as aldeias rurais do interior do país.

Muitos são os resultados de inquérito de Sondagens eleitorais que têm sido divulgados no país, a atribuir favoretismos aos dois principais partidos políticos em Angola, nomeadamente o MPLA, no poder desde 1975 e a UNITA, na Oposição.
As mais recentes, cujos resultados foram noticiados pelo Jornal de Angola, davam vantagem ao MPLA, com 62% de preferencia dos inquiridos ao passo que o partido UNITA ficou com 33%.

A divulgação desses resultados gerou reações diversas, sobretudo nas Redes Sociais, questionando a veracidade do inquérito bem como a idoneidade da empresa brasileira que a produziu, tendo inclusive surgido informações segundo as quais a empresa POB Brasil era inexisente naquele país da América latina.

Para Coque Mukuta, “é normal que haja sodagens e projecções para os resultados eleitorais”. “Certamente, retratam alguma vontade, mas é assim que se vive em territórios democráticos”, afirmou.

O profissional entende que enquanto não existirem empresas sérias e competentes para a realização das Sondagens, essas continuarão a fazer esse trabalho.

“Sinto que é necessário que as sondagens abranjam locais como as aldeias, até porque muitas vezes essas aldeias tem realizadades bem diferentes”, afirmou.

O facto de a pesquisa que dava vantagens preferencial so MPLA ter merecido reações diversas, simboliza, para Coque Mukuta o sentimento generalizado no país, de que “se não é por nós é contra nós”.

Acrescentou que o “problema está na fúria que os angolanos carregam contra a má governação dos 47 anos no poder” do MPLA, pelo facto de que “alguns entendem que é necessário a alternância”. “E essas pessoas são pouco tolerantes” e “usam as redes sociais para os devidos ataques”, finalizou

A sondagem da POB Brasil, divulgada em finais de Julho, dava conta de que se as eleições fossem realizadas naquela altura, o MPLA ganharia, de forma folgada, com 62 por cento dos votos, contra 33% da UNITA.

A POB Brasil baseou-se na pesquisa realizada via telefonica, entre os dias 16 e 21 de Julho, a 1.500 eleitores, homens e mulheres residentes em Angola, com idade igual ou superior a 18 anos. O grau de confiança da sondagem é de 95% com uma margem de erro máxima prevista 3%.

Os inquiridos responderam a seguinte questão:”Se a eleição fosse hoje, em quem você votaria?”

Explica que a pesquisa quantitativa nacional foi realizada com uma parcela representativa da população, seleccionada por amostragem por meio do método de probabilidade proporcional ao tamanho (PPT).

Além da Pob, outras empresas como a Angopolis, que da vitória ao MPLA com 59% e 33% a UNITA e a Afrobarometro, ambos empresas especializadas em sondagens, que dá, este último, 29% ao MPLA e 22% a UNITA, maior Partido na oposicão.

Nas eleições da próxima quarta-feira, 24, concorrem sete partidos políticos (MPLA, UNITA, FNLA, PRS, P.NJANGO, PHA, APN) e uma coligação eleitoral (CASA-CE).