Bastidores
Joaquim Sebastião fica mais 2 meses em prisão preventiva
A PGR prorrogou o prazo de prisão preventiva do ex-director do Instituto Nacional de Estradas de Angola, INEA, Joaquim Sebastião, pelo facto do prazo de 45 dias estabelecidos por Lei vencer no dia 17 de Abril, soube o Correio da Kianda de fontes ligadas ao processo. Segundo a nossa fonte, o prazo será alargado para mais 2 meses em virtude de não ter sido concluído o processo, para que transitasse em julgado.
Recorde-se que a Lei prevê a revisão dos prazos de dois a dois meses.
A fonte que temos vindo a citar, reforça que o arguido Joaquim Sebastião vai continuar no Hospital prisão de São Paulo, contrariando assim, informações postas a circular sobre uma possível transferencia do arguido para uma outra unidade prisional (Comarca de Viana ou Cadeia de Calomboloca).
Joaquim Sebastião, encontra-se em prisão preventiva, pesando sobre ele as suspeitas da prática dos crimes de peculato (artigo 313.º do Código Penal), subtracção de papéis e documentos por empregado público (artigo 311.º do Código Penal) e associação de malfeitores (artigo 263.º do Código Penal). Esses crimes terão sido praticados durante o tempo e no exercício das funções de director-geral do INEA, o órgão do Estado que sucedeu à Junta Autónoma de Estradas em 1990 e que tinha como atribuições a promoção e coordenação do desenvolvimento das infra-estruturas rodoviárias da rede nacional, bem como a sua exploração, gestão e conservação. Este organismo recebeu biliões de dólares ao longo dos anos, pois tinha como principal objectivo construir e reparar estradas.
Joaquim Sebastião foi director-geral do Instituto de Estradas de Angola (INEA) entre 2003 e 2010. Neste último ano, várias notas publicadas na imprensa davam nota de que a sua fortuna estava a chegar perto do bilião de dólares. Em 2013, Sebastião sucedeu a Tchizé dos Santos como presidente do Benfica de Luanda.