Politica
João Lourenço reafirma intenção de recuperar bens construídos com dinheiro do Estado
Em alusão às celebrações do Dia da Independência, que se assinalou nesta quarta-feira, 11 de Novembro, o Presidente da República, João Lourenço, inaugurou o Hotel Intercontinental Luanda Miramar, de cinco estrelas, investimento de USD 600 milhões, construído com um capital público.
Na ocasião, João Lourenço fez saber que o executivo vai continuar a recuperar os activos do Estado que se encontram nas mãos dos privados.
“Devemos continuar a trabalhar para recuperar tudo aquilo que foi realizado com capitais públicos, mas que, infelizmente, em determinada altura, deixaram de ter o Estado como principal accionista”, reforçou.
João Lourenço deu como exemplo a mesma unidade hoteleira que foi construída com dinheiro do Estado através da Sonangol, depois de estar confiscada pela Procuradoria-Geral da República, acabando por ser devolvida ao próprio Estado.
De acordo com o titular do poder Executivo, com a inauguração desta unidade hoteleira, o país acaba de abrir as portas para atracção de maior investimento do estrangeiro, que invistam não só neste ramo, mas também em outras áreas, o que poderá também potencializar o turismo.
João Lourenço disse que o Hotel Intercontinental Luanda Miramar poderá gerar mais de 900 postos de trabalhos directos e outros indirectos, o que, para o presidente, não é suficiente face ao elevado índice do desemprego em Angola.
O chefe do Governo quer ver o sector do turismo avançar, não só em Luanda mas nas demais províncias, construindo não só hotéis da dimensão desta inaugurada.
Dentre várias outras actividades realizadas ontem pelo presidente, consta a deslocação ao Museu de História Militar para assistir ao içar da bandeira e a deposição de uma coroa de flores em homenagem ao primeiro presidente de Angola, António Agostinho Neto, junto do seu sarcófago, no memorial com seu nome, em Luanda.
A infra-estrutura passou recentemente para esfera pública (património da Sonangol), através de uma decisão presidencial, um negócio em que a petrolífera angolana passa a ser o sócio maioritário.