Politica
João Lourenço manifesta apoio à Iniciativa de Desenvolvimento Global lançada pela China
O Presidente da República de Angola e Presidente em exercício da União Africana, João Lourenço, defendeu esta terça-feira, 23, em Nova Iorque, a importância da Iniciativa de Desenvolvimento Global (IDG), promovida pela China, como instrumento capaz de impulsionar os países do Sul Global rumo ao desenvolvimento sustentável.
Falando na conferência realizada na sede das Nações Unidas, à margem da “Semana de Alto Nível da Assembleia Geral”, o Chefe de Estado angolano sublinhou que a proposta chinesa surge como um “oportuno conjunto de ideias inovadoras” que ajuda a revitalizar os 17 Objectivos de Desenvolvimento Sustentável, afetados pela crise da pandemia da COVID-19.
“Estamos totalmente solidários com a Iniciativa de Desenvolvimento Global da República Popular da China, que nos proporciona um terreno fértil para a formulação de ideias inovadoras na procura de soluções para os desafios atuais que temos em comum, como o do clima, mas também os do futuro, especialmente os que estão associados à governação digital e à inteligência artificial”, afirmou João Lourenço.
O estadista recordou que a iniciativa já conta com mais de 100 países membros e destacou a trajetória da própria China, que nos últimos 80 anos conseguiu eliminar a pobreza absoluta, tornando-se um “caso de estudo e modelo inspirador” para outras nações em vias de desenvolvimento.
No seu discurso, João Lourenço alertou ainda para a necessidade de uma ação coletiva que evite que o progresso tecnológico e a chamada Quarta Revolução Industrial deixem para trás a maioria dos países em desenvolvimento, gerando novas tensões e desequilíbrios globais.
A conferência foi presidida pelo Primeiro-Ministro chinês, Li Qiang, que revelou que a China investiu 33 biliões de dólares nos últimos quatro anos em projetos destinados a apoiar o Sul Global, com destaque para infra-estruturas, educação e saúde.
Segundo o Chefe de Estado angolano, África deposita grande esperança nesta iniciativa “para recuperar e ultrapassar o fosso que a separa do desenvolvimento em comparação com outros continentes, sobretudo nos domínios da industrialização, eletrificação, saúde, educação, segurança alimentar e infraestruturas”.