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João Lourenço Defende aposta na Diplomacia Económica

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Num comício que visou a sua apresentação aos habitantes da Zona do Zango (Viana), na capital, referiu que, no quadro das relações de Angola com outros países, pretende-se privilegiar o trabalho que a diplomacia pode desenvolver em benefício da economia nacional, atraindo para o país os investimentos de que Angola necessita nos mais diversos domínios.

“Nas nossas relações internacionais, vamos privilegiar a cooperação económica com os outros países para que possamos tirar benefícios das capacidades que estes conseguiram alcançar”, ressaltou.

“É evidente que nós somos africanos e vamos continuar a trabalhar e a privilegiar as relações com os nossos irmãos”, acrescentou.

No que toca ao relacionamento com os outros países africanos, no geral, disse que o trabalho irá continuar para ajudar os países, como os da Região dos Grandes Lagos, a encontrar a paz e a estabilidade para que, logo a seguir, “possamos com eles ter relações de cooperação económica que hoje não são possíveis”.

De igual modo, reforçou, será privilegiada e aprofundada as relações com os estados da  SADC, de que Angola é parte, para que quando a integração económica for uma realidade, as trocas comerciais com estes países possam fluir.

Não obstante este aspecto, reforçou que “vamos olhar também para as grandes economias do Mundo, procurar estabelecer relações de cooperação sólidas com aqueles países que possam fazer a diferença” e a que chamou de motores da economia mundial.

Com estes, argumentou João Lourenço, “vamos procurar aproveitar aquilo que eles têm de melhor, em termos de conhecimento e domínio da ciência e tecnologia em benefício da nossa economia”.

Neste contexto, disse ainda que “precisamos de sonhar alto. Muitos dos países que hoje têm as economias fortes e sólidas, há 30 ou 40 anos atrás, nalguns casos, tinham mais miséria que Angola e sonharam alto e fizeram parcerias acertadas”.

“Obviamente que se empenharam no trabalho e conseguiram virar a página de pobreza que grassava nos seus países”, disse.

Acrescentou que as relações internacionais nem sempre têm sido justas.

“Depois da II Guerra Mundial, que terminou em 1945, as grandes potências na altura constituíram um Conselho de Segurança à medida do seu corpo e de lá para cá, apesar das grandes mudanças políticas e não só, que se operaram em todo Mundo, o Conselho de Segurança da ONU continua tal igual como foi constituído no final da guerra”, disse.

Dai que referiu ser intenção juntar-se à voz de outros países, sobretudo os menos desenvolvidos, para que se faça justiça e se reforme o CS da ONU com a admissão de novos membros permanentes, sobretudo da América Latina, África e Ásia.

Isto porque “constatamos, ao longo dos anos, que os nossos continentes não estão bem representados neles. Os nossos interesses muitas vezes não são bem defendidos neste importante órgão da ONU, que toma decisões importantes, sendo esta uma luta que já esta em marcha”, explicou.

Na sua intervenção, fez ainda um apelo para aqueles que ainda não se registaram a efectuarem o seu registo eleitoral.

“Votar é um direito, mas também um dever cívico”, disse.

O candidato foi ao município de Viana no quadro da pré-campanha do partido, aberta a 18 de Fevereiro. Já deslocou-se às províncias da Huíla e do Bié e ao município do Cazenga (Luanda).

Viana é uma das principais praças eleitorais da província de Luanda, com mais de um milhão e 600 mil habitantes (dados do senso populacional de 2014).

Viana tem sido “palco” estratégico das diferentes forças políticas do país, em períodos eleitorais, desde as primeiras eleições multipartidárias, realizadas em 1992, em Angola.

Correio da Kianda / Angop

 




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