Connect with us

Politica

JLO diz que o resultado do relatório sobre os investimentos privados realizados com recurso públicos é “no mínimo chocante e repugnante”

O Presidente da República, João Lourenço, declarou hoje (quinta-feira) haver condições para accionar os mecanismos, no sentido de reaver o património e activos surripiados ao Estado, avaliados em cerca cinco mil milhões de dólares americanos, em benefício de uma “elite muito restrita”.

Published

on

João Lourenço, discursava na cerimónia formal de abertura do “Ano Judicial 2019”, em Benguela, depois de ter inaugurado, no Lobito, o Tribunal de Comarca, o primeiro do género no país.

Acrescentou haver condições para que, nos próximos dias, o Estado possa accionar os mecanismos no sentido de reaver o património e os activos que lhe pertencem, ao abrigo da Lei 15/18, de 26 de Dezembro, sobre o Repatriamento Coercivo, apenas na sua componente interna de perda  alargada de bens.

João Lourenço considerou “no mínimo chocante e repugnante” o resultado do relatório da Comissão Multissectorial, que tinha por responsabilidade proceder ao levantamento dos  investimentos realizados com recursos públicos, e que hoje constituem alguns dos grandes grupos empresariais privados no país.

Afirmou que, no que diz respeito ao repatriamento de capitais ilegalmente colocados em paraísos fiscais e outras praças financeiras, após os seis meses de graça que a lei conferiu aos visados, “o Estado angolano está no direito de utilizar todos os meios ao seu alcance para reaver o que ao povo angolano pertence”.

Na quarta-feira, no comunicado final do Conselho de Ministros Extraordinário, é indicado num só parágrafo que o Estado angolano foi lesado em mais de 4700 milhões de dólares em investimentos privados feitos com fundos públicos.

Segundo o documento, que não avança quaisquer pormenores sobre nomes dos investidores, o montante foi apurado por uma Comissão Multissectorial criada pelo presidente angolano, João Lourenço, em Dezembro de 2018, com o objectivo de identificar os investimentos feitos com fundos públicos antes de chegar ao poder, em Setembro de 2017.

Continue Reading
Click to comment

Leave a Reply

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *