Já estão em liberdade oito estudantes detidos durante manifestação em Luanda

Já estão em liberdade os estudantes detidos sexta-feira última na sequência de uma manifestação que visava exigir do Governo Provincial de Luanda, a colocar mais condições nas escolas da capital desde carteiras, água e saneamento básico.

A informação foi avançadaà Rádio Correio da Kianda pelo Presidente daquela agremiação, Francisco Teixeira, que agradeceu a abertura dos órgãos de comunicação social convencionais, na cobertura do evento até este estágio.

Francisco Teixeira, disse ainda, que os oito jovens detidos na última sexta-feira foram todos postos em liberdade, mas falta um outro jovem que foi detido hoje defronte ao tribunal Dona Ana Joaquina, e levada alegadamente a Unidade Operativa.

O responsável daquela agremiação estudantil promete realizar uma conferência de imprensa nos próximos dias, com vista anunciar os próximos passos.

Entretanto, o Bloco Democrático manifestou o seu mais veemente repúdio à onda de detenções arbitrárias e actos de repressão protagonizados pela Polícia Nacional, Sábado último, no município do Sambizanga, província de Luanda.

O partido liderado por Filomeno Vieira Lopes, referiu num comunicado que a Rádio Correio da Kianda teve que, tomou conhecimento de que mais de 45 estudantes, entre eles o presidente do Movimento dos Estudantes de Angola (MEA), Francisco Teixeira, e outros membros da direcção, foram detidos de forma injustificada enquanto tentavam exercer o seu legítimo direito de manifestação pacífica, exigindo melhorias das condições nas escolas públicas muitas delas em estado de degradação, sem carteiras e com infra-estruturas inadequadas.

De igual modo, os bloquistas repudiam energicamente a detenção de jornalistas que cobriam a manifestação, nomeadamente; Hermenegildo Caculo (Jornal Folha 8 e TV 8), Jubileu Panda (TV Maiombe) e Borralho Ndomba (DW África), “numa clara tentativa de intimidar e silenciar a liberdade de imprensa, pilar essencial da democracia”.

“Os relatos de ameaças e a apreensão forçada de telemóveis agravam ainda mais a gravidade desta violação”, lê-se no comunicado.