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Israel ‘chora’ maior baixa de soldados desde início dos conflitos com Hamas

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Forjado em batalhas, o Estado Hebreu já deu mostras de que os seus soldados são dos melhores que existem no mundo, capazes de infringir pesadas baixas ao adversário e preservar vivo boa parte do seu reduto, mas o golpe sofrido na manhã de segunda-feira, e confirmado ontem, desencadeado por um militante do Hamas, em Gaza, não só quebrou o moral dos soldados como lançou uma atmosfera de luto sobre todo Israel.

As primeiras horas de segunda-feira, 22, pareciam uma manhã igual às outras para os soldados de Israel que estão em Gaza combatendo o Hamas. Mas a áurea dos militares israelenses, conforme confirmação esta terça-feira, 23, foi quebrada quando um militante do Hamas surpreendeu a todos disparando um lançador de granadas contra um tanque próximo aos soldados israelenses que preparavam explosivos para demolir dois edifícios.

O impacto provocou um rebentamento prematuro dos explosivos que precipitou o desmoronamento do edifício com os soldados no seu interior, causando a morte imediata de 24 militares.

Para alguns especialistas militares, o balanço pode ser ”normal” num ambiente de guerra, mas não para Israel, uma Nação forjada em batalhas, e que já deu mostras de que seus soldados são dos melhores que existem no mundo, capazes de inflingir pesadas baixas ao adversário e preservar vivo boa parte do seu reduto, como sucedeu nas guerras de Yom Kippur, e de ‘Seis Dias’, sendo que neste último perdeu 980 soldados contra 4.300 das forças combinadas do Egipto, Síria e Jordânia.

É tendo em conta a trajectória e dimensão dos conflitos militares travados por Israel que a morte de 24 militares num único instante quebra o moral da tropa e lança uma atmosfera de luto para todo Israel.

”[Foi] uma manhã insuportavelmente difícil, quando mais e mais nomes dos melhores dos nossos filhos, à bandeja de prata no sentido pleno da palavra, são acrescentados à lápide de herói, numa guerra que não tem justiça”, escreveu o presidente israelita, numa publicação no Twitter, em que lamenta as perdas sofridas.

“Por detrás de cada nome há uma família cujo mundo caiu, uma família que levamos no coração com tristeza e dor, e ao mesmo tempo com orgulho, pelo heroísmo da geração, pelas missões e pelos males, por se manter fiel ao objectivo e pelo amor ao povo e à pátria”, acrescentou Isaac Herzog.

De referir que antes desta ocorrência, Telavive tinha dado conta que, desde o início do conflito, já morreram 200 dos seus militares só na operação terrestre na Faixa de Gaza.

O conflito militar entre Israel e o Hamas eclodiu por provocação desse grupo palestiniano, que a 07 de Outubro invadiu o território israelita matando 1.200 pessoas, entre as quais mais de 300 militares, e sequestrado outras, entre civis e militares israelenses, bem como cidadãos estrangeiros.

Em reacção, as autoridades recorreram às Forças de Defesa de Israel (IDF) em busca de vingança, o que resultou até agora, fazendo fé nos dados do Hamas, na morte de 18.025 palestinianos, além de 49.645 feridos.




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