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Politica

Isaías Samakuva vai retomar o seu assento no Parlamento

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Retomar o seu assento no Parlamento e ser Autarca, numa só palavra continuar na vida política, são algumas das metas que o Presidente da UNITA, Isaías Samakuva pretende dedicar a sua vida depois do XIII Congresso Ordinário que vai eleger o novo Presidente do Partido.

Isaias Samakuva que falava aos jornalistas de vários órgãos de Comunicação Social,  começou por clarificar o que chamou de “tão badalado equívoco sobre um alegado “silêncio” e “indecisão” de Samakuva sobre uma hipotética candidatura a mais um mandato”.

Depois de recordar as várias ocasiões em que manifestou reiteradas vezes a vontade de sair da liderança da UNITA e a deliberação da Comissão Política que o obrigava a concluir o mandato até 2019, Isaías Samakuva afirma que “muitos distraídos caíram na armadilha dos meus adversários e detractores e passaram a atacar o alegado “silêncio” ou “indecisão” de Samakuva”.

“Na realidade, ao constatar que não obstante as múltiplas afirmações e reafirmações de que já não me candidataria, a cantilena continuava, percebi que os adversários da minha integridade moral, decidiram transformar-me na figura central do XIII Congresso, numa tentativa de condicionar a sua agenda e os seus resultados”, afirmou, sublinhando que nos mídia, consciente ou inconscientemente, alguns participaram nesse jogo.

“Alguns de vós, senhores jornalistas, também caíram nesta armadilha e na assunção de que os “africanos não respeitam a sua palavra”, acharam que deviam forçar Samakuva a transformar o “não me vou candidatar” numa canção diária. Espero que agora que o prazo da formalização das candidaturas terminou se apercebam de que Samakuva é um africano diferente”, insistiu, o ainda presidente da UNITA questinando “Porque é que não acreditaram na minha palavra?”

“Onde está o discernimento político dos cidadãos, mas sobretudo de analistas e jornalistas? Como poderei eu confiar no que se escreve ou se diz como análise se afinal as pessoas são tão facilmente levadas por agendas inconfessas de adversários da unidade e da coesão? Faz algum sentido falar-se em “silêncio” ou “indecisão” de Samakuva quando este já havia repetidas vezes afirmado que não se recandidataria?”, continuou Isaías Samakuva.

Reafirmando que dentro de pouco mais de 30 dias terminará as funções de Presidente da UNITA, Isaías recorda o percurso que encetou à frente dos destinos do Partido fundado rm 1966 pelo Dr. Jonas Malheiro Savimbi e enumera alguns dos feitos bem conseguidos

“Foram 16 anos de luta sinuosa por meandros muitas vezes silenciosos e traiçoeiros. Expusemos a natureza dos nossos adversários e provámos que a corrupção foi engendrada e institucionalizada como política de Estado para permitir à oligarquia delapidar Angola, empobrecer os angolanos e manter-se no poder”, sublinhou, exprimindo a sua satisfação pelo facto de o povo ter perdido o medo e pelo facto de ter forçado que José Eduardo dos Santos saisse do poder.

”Os que ficaram, na tentativa de salvar o que ainda deles resta, adoptaram como sua a Agenda da Mudança da UNITA, levantando como bandeira o combate à corrupção que fomos pregando ao longo dos anos. Hoje, dirigentes do País admitem publicamente que roubaram o dinheiro de Angola e os votos dos angolanos”, disse Isaías Samakuva que agradece do fundo do coração todos aqueles “que nos acompanharam ao longo destes anos todos e que com as suas palavras de encorajamento ou com as suas críticas nos ajudaram na busca de um desempenho melhor”.

“Não vou deixar a política nem vou abandonar o povo. Vou continuar a luta pela dignidade dos menos equipados. Estarei activo na política e não só, na defesa do projecto de Muangai e na luta pela construção de uma Angola para todos”, reiterou o líder político.

 

C/ Kwacha Unita Press