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Isabel dos Santos diz que o rótulo de “filha do presidente” é um mito e que a prejudica

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Empresária também defende que é vítima de preconceito, por ser “mulher, jovem, negra e africana”

Numa entrevista à cadeia de televisão britânica BBC, no passado sábado, Isabel dos Santos defendeu-se das críticas de favorecimento por ser filha do presidente de Angola. A empresária assumiu que essa realidade lhe permitiu “ter uma boa educação” e “poder ver o mundo”, mas lamentou que, em virtude da mesma, lhe seja associada a imagem de alguém que beneficiou do estatuto de familiar de José Eduardo dos Santos, para se tornar numa das mulheres mais ricas de África.

“Não existe essa coisa da ‘filha do presidente’, isso é um mito”, defendeu Isabel dos Santos. “Somos filhos dos nossos pais [e] o relacionamento que temos com eles (…) são emocionais e familiares. E depois existem os empregos dos pais, sejam eles de presidente ou de CEO. Esse relacionamento é profissional”, explicou.

Questionada sobre o estado atual da economia angolana, a filha mais velha do chefe de Estado lembrou que  o país saiu da guerra há apenas 15 anos e explicou que as receitas oriundas do setor do petróleo foram investidas “massivamente” em “infraestruturas  públicas” – como estradas, aeroportos, universidades, escolas e clínicas –, com vista a uma maior “integração social”.

Quanto à sua nomeação, em junho de 2016, para liderar a empresa petrolífera estatal, Isabel dos Santos justifica-a pela sua “experiência” em “montar empresas” e “em perceber como “impulsioná-las para a frente”, num período difícil para a Sonangol, devido à queda do preço do barril de petróleo, nos últimos anos. “Foi uma decisão corajosa”, defendeu a empresária.

Isabel dos Santos apelou ainda à necessidade urgente de se “lutar pela igualdade de género” e lembrou que é vítima de enorme preconceito, por ser “mulher, jovem, negra e africana”. “Não é um problema de Angola, nem de África. É um problema comum em todo o mundo”, lamentou.

Radio Correio Kianda




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