Connect with us

Politica

Isabel dos Santos contrata lobistas com ligações a Trump para “contra-ataque” a Luanda Leaks

Published

on

A empresaria angolana Isabel dos Santos, contratou o Sonoran Policy Group, uma empresa de lóbi com sede em Washington, nos Estados Unidos, e com ligações ao Presidente norte-americano Donald Trump, para a ajudar a controlar os danos resultantes do Luanda Leaks. A notícia é avançada esta quinta-feira pela Quartz, que integra, o Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ).

A publicação teve acesso a um documento que prova que os serviços foram requisitados a 13 de dezembro de 2019, no dia imediatamente a seguir a Isabel dos Santos ter sido pela primeira vez questionada pelo ICIJ e ter assim tido conhecimento de que o consórcio estava a investigar o seu império económico.

A empresária angolana assinou dois contratos com a empresa, no valor de cerca de dois milhões de euros, com uma formulação “vaga”, mas que incluem a marcação de reuniões com entidades nos Estados Unidos e Reino Unido e “aconselhamento e colocação de informação nos média”.

Um dos contratos foi assinado pela própria Isabel dos Santos e o outro por Mário Leite da Silva, o braço direito da Isabel dos Santos . Do lado da Sonoran, a rubrica é do fundador e diretor executivo Robert Stryk, que foi um conselheiro não oficial da campanha de Donald Trump em 2016.

O Sonoran Policy Group trabalha ou trabalhou ainda com governos de países conhecidos por políticas repressivas, como a Arábia Saudita, Bahrain e República Democrática do Congo. De acordo com o site OpenSecrets, a empresa já recebeu quase 10 milhões de euros em serviços prestados no estrangeiro.

“A Sonoran é reconhecida como uma empresa de lóbi ligada a Trump, tendo feito muitos negócios graças às suas ligações com a administração. Isso só por si explica parte da atração que representam” para Isabel dos Santos”, explicou à Quartz Anna Massoglia, investigadora do Open Secrets.

A Sonoran foi contratada a partir de uma sociedade de Isabel dos Santos chamada Terra Peregrin, sediada em Lisboa, e que documentos do Luanda Leaks associam a uma empresa offshore chamada Wise Intelligence. A Wise chegou a fazer uma oferta pública de aquisição sobre a PT, em 2014, no valor de 1,2 mil milhões de euros.

 

C/ Expresso