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Isabel dos Santos banida da cimeira de Davos

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A revelação é feita pelo jornal britânico The Guardian que faz parte do Consórcio Internacional de Jornalismo de Investigação que este domingo fez várias relevações que envolvem o nome da filha do ex-presidente angolano.

Segundo este consórcio de jornalistas, do qual fazem parte também o Expresso e a SIC, no último terço do seu mandato à frente da Sonangol, até novembro de 2017, Isabel dos Santos fez com que a petrolífera estatal angolana, para a qual tinha sido nomeada pelo pai, o então Presidente de Angola,transferisse mais de 100 milhões de dólares de fundos públicos para uma empresa no offshore do Dubai.

Esta empresa aparentemente terá ligações a Isabel dos Santos. Daquele montante, cerca de 57 milhões de dólares foram pagos em três transferências executadas já depois de a empresária angolana ter sido demitida da petrolífera por um decreto do então recém-eleito Presidente, João Lourenço.

Esta notícia surge depois de, no final do ano passado, o Tribunal Providencial de Angola ter ordenado o arresto preventivo de vários bens de Isabel dos Santos, em Angola. A Justiça angolana também ordenou que fossem congeladas contas bancárias do casal Isabel dos Santos e Sindika Dokolo.

O jornal The Guardian escreve que, à medida que vão sendo conhecidos os escândalos a envolver a família Dos Santos, os grandes bancos têm evitado relações com o casal, por indicação dos departamentos decompliance que temem ficar associados a casos de corrupção. Conta o jornal britânico que no caso de Dokolo, pelo menos desde 2001, não consegue abrir contas bancárias em Londres e em Paris.

Unitel patrocinou Davos. Mas Isabel dos Santos não entra

Outro sinal de que a comunidade internacional está a evitar relações com a família Dos Santos vem de Davos, a localidade nos Alpes suíços que esta semana recebe milhares de pessoas que vão participar no Fórum Económico Mundial.

Conta o jornal britânico, que o nome de Isabel dos Santos “foi riscado” da lista de participantes do Fórum Económico Mundial que arranca amanhã e junta grandes empresários, banqueiros, banqueiros centrais, políticos, ativistas, sociedade civil, etc… O ECO consultou o site da organização do evento e de Angola eram aguardados três participantes: um deles ligado ao setor energético/ambiental, outro às tecnologias de informação e um terceiro identificado como uma “figura pública”.

A Unitel, empresa de telecomunicações angolana, é uma das patrocinadoras desta reunião em Davos, mas a organização já veio avisar que está “a reavaliar a sua participação”.

Em março de 2019, foi noticiado que a Unitel, detida em 25% por Isabel dos Santos, tornou-se na primeira empresa angolana a integrar a lista de Parceiros do Fórum Económico Mundial (WEF, na sigla inglesa). O WEF apresentava a Unitel International Holding como “uma companhia telefónica pan-africana, operando uma rede baseada nos padrões GSM e UMTS, oferece comunicações de voz, texto e mensagens multimédia, bem como acesso à internet no telemóvel, e cobre todas as cidades de Angola desde 2011, tendo ainda investido recentemente noutros países africanos”.

A abertura do abertura do Fórum de Davos 2020 decorre amanhã, mas já esta segunda-feira há uma cerimónia comemorativa do 50.º aniversário do Fórum Económico Mundial, onde vai discursar Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia.

Em reação às revelações feitas este domingo pelo Consórcio Internacional de Jornalismo de Investigação, Isabel dos Santos escreveu vários tweets onde apresenta a sua versão dos factos, e não só.

“A minha fortuna nasceu com meu caráter, minha inteligência, educação, capacidade de trabalho, perseverança. Hoje com tristeza continuo a ver o ‘racismo’ e ‘preconceito’ da Sic e Expresso, fazendo recordar a era ‘colônias’ em que nenhum africano pode valer o mesmo que um ‘Europeu’”, escreveu Isabel dos Santos num tweet publicado escassos minutos antes da publicação da reportagem no site do jornal Expresso.

 

C/Eco

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