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Irene Neto condiciona candidatura à liderança do MPLA à libertação de São Vicente

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A filha do primeiro presidente de Angola, Agostinho Neto, Irene Neto, disse, em comunicado enviado ao Correio da Kianda, nesta quarta-feira, 13, que não é candidata à liderança do MPLA, contudo, não “fechou as portas ao convite” para apresentar uma moção de estratégia e uma lista à liderança do partido no poder, no próximo congresso, a decorrer em Dezembro de 2021.

A também membro do Comité Central e do Bureau Político do MPLA argumentou a decisão com a conclusão de que “devia reflectir sobre essa hipótese”.

Em causa. estão notícias postas a circular nas redes sociais de que Irene Neto iria apresentar candidatura à liderança “dos camaradas”, gesto que a também médica secundarizou, com a alegação de que, neste momento, o foco é “provar a inocência” do seu marido, o empresário Carlos São Vicente, preso sob suspeita de crimes de peculato, branqueamento de capitais, dentre outros.

“A única missão para a qual estou disponível é provar a inocência do meu marido, preso há mais de um ano em prisão preventiva, e lutar pela sua libertação”, argumentou.

Carlos São Vicente está em prisão preventiva, desde 22 de Setembro de 2020, no âmbito do “Caso USD 900 milhões”.

Dentro do processo, as autoridades judiciais angolanas ordenaram a apreensão de vários edifícios do grupo AAA, pertencentes ao empresário, que está também a ser investigado na Suíça por peculato e branqueamento de capitais.

A lista de bens e activos apreendidos incluiu ainda a participação social minoritária de 49 por cento da AAA Activos no Standard Bank Angola, onde o empresário era administrador não executivo, da mulher, Irene Neto, bem como o congelamento de contas bancárias de ambos.

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