Politica
Irão ameaça atacar representações diplomáticas de Israel: Angola deve redobrar segurança?
Embaixador de Israel em Angola, Shimon Solomon, é dos diplomatas israelenses mais dinâmicos do seu país, e defensor do combate continuado para eliminação total do Hamas, um facto que pode acabar por colocá-lo no radar do Irão que, sem especificar país, ameaça atacar representações diplomáticas de Telavive em todo mundo, em resposta ao ataque israelense a Embaixada iraniana na Síria.
Responsáveis da República Islâmica do Irão prometem responder ao ataque de bombardeamento de Israel ao seu consulado na Síria, que vitimou importantes militares iranianos, entre os quais dois generais.
Mohammad Reza Zahedi, vice-comandante da Força Quds da Guarda Revolucionária (do Irão) na Síria e no Líbano, está entre os mortos.
O general foi uma peça fundamental de Teerã na guerra híbrida que, há anos, vem travando com Telavive. Foi tido como alguém que terá dado imensa dor de cabeça à Israel, face aos seus métodos peculiares no contrabando de armas iranianas para Síria e para o Líbano, países onde o antigo Reino Persa possui forças aliadas, como o Hezbollah, por exemplo.
A morte de Mohammad acaba por ser um “duro e doloroso golpe para o regime iraniano”, de acordo com especialistas.
Não é a primeira vez que Israel abate quadros seniores militares do Irão, mas desta, Teerã não pretende deixar passar. E numa demonstração de força, deixou claro que as representações diplomáticas de Telavive em diferentes capitais mundiais, serão alvo de ataques.
O facto de o Irão não definir o país em que as embaixadas, consulados e residências de diplomatas hebreus devem ser atacadas, coloca todos os Estados acolhedores de representações diplomáticas israelitas sob aviso, e Angola não é uma excepção.
Por exemplo, Shimon Solomon, embaixador de Israel em Angola, é dos mais dinâmicos diplomatas do seu país, e grande activista da campanha militar israelita.
À semelhança de muitos de seus correligionários noutros países, pode vir a ser colocado sob o radar do Irão e/ou de forças aliadas deste, como o Hezbollah, e vários outros grupos terroristas africanos, que se compadecem com o sofrimento dos palestinos e da causa do Irão.
Os ataques em retaliação aos bombardeamentos que vitimaram o general Mohammad podem ocorrer de diversas formas, como sequestro e/ou assassinato nas ruas de diplomatas israelitas, bem como por via aérea.