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Educação Financeira

Investir na Bolsa – Parte 3 de 5

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Este é o terceiro artigo (3) sobre investir na Bolsa ou no Mercado de Valores Mobiliários e hoje dedico a quem quer investir na Bolsa e tem pouco dinheiro e pouco conhecimento como este mercado funciona.  

Deixo aqui alguns conselhos para si que quer investir noutros mercados além dos depósitos a prazo. Este é um produto massificado ou popular, com reduzido nível de risco. 

Muitas pessoas têm dúvidas sobre como investir na bolsa de valores com pouco dinheiro. 

É comum ouvir que, para ter sucesso nesse mercado, é necessário investir uma alta quantia. Porém, como os ganhos são definidos na variação das acções ou do câmbio, os lucros podem aparecer mesmo em investimentos pequenos.

Em geral, a renda variável é indicada para quem tem mais experiência no mercado financeiro e capacidade de conviver com a volatilidade dos activos. Mesmo assim, existem opções para quem deseja explorar a bolsa e ganhar uma renda extra no fim do mês com menos riscos de 

Sabe aquelas empresas que você admira, como a Coca-Cola e a Apple?

Por meio da bolsa de valores, você pode comprar uma participação e ser accionista delas. Assim, se o valor de mercado aumentar, você lucra com essa variação e ainda pode receber os dividendos, que é a divisão dos lucros entre os accionistas.

A principal vantagem da Bolsa de Valores é a potencialização dos ganhos. Nos investimentos de renda fixa, a remuneração é definida previamente ou segue indicadores estáveis, de forma que variam pouco. 

Por outro lado, a renda variável não tem limite para os ganhos. Depende de inúmeros factores, sejam internos das empresas cotadas em Bolsa, como factores de mercado, legislativo, cambial, etc, etc.

A remuneração vem com a variação das acções. Se você comprar por 200 acções por Kz 2 000,00 cada, o valor total é Kz 400 000,00. Se vender cada a um preço de Kz 2 500,00, e na mesma quantidade, o valor é de Kz 450 000,00. Tem, neste caso, uma mais-valiade Kz 50 000,00, entre o preço que vendeu e aquele a que comprou. Se permaneceu com as suas acções dois ou mais anos, a corretora pagará ao Estado 5% sobre o valor da mais-valia: Kz 50 000,00 x 5% = Kz 2 500,00. Caso venda a mesma quantidade de acções (200) pelo valor de Kz 1 800,00, vai gerar uma venda de Kz 360 000,00. Como pode o leitor constatar, investiu Kz 400 000,00 e agora arrecada Kz 360 000,00. Há uma perda de Kz 40 000,00. Tem uma menos-valia ou prejuízo. 

Listo três opções de investimentos que minimizam os danos das taxas das correctoras e podem maximizar os seus ganhos mesmo com uma aplicação inicial baixa. 

Fundo de acções

Um fundo de ações é uma forma de entrar no mercado de renda variável sem comprar os títulos directamente com a empresa. Nessa negociação, o investidor adquire um número de acções e confia o seu património a um gestor, que é o responsável por pegar o montante do fundo e fazer as operações por si, de acordo com o perfil do cliente e o que foi contratualizado em termos de ganhos e perdas potenciais que o cliente está disposto a correr. 

Esse profissional é certificado e tem experiência de mercado. Tecnicamente, o portefólio de investimentos nesse tipo de fundos deve conter, no mínimo, 67% do património alocado em acções à vista, certificados de depósito de acções e outras aplicações similares.

A vantagem desses fundos é que as aplicações iniciais são baixas e não há taxa de corretagem e custódia — apenas de administração, que é um percentual para remunerar o gestor. Se o seu capital disponível para investir é baixo, esses fundos são a melhor opção.

Acções que pagam dividendos

Se você prefere ter o controle total do seu património e negociar directamente a compra das acções, busque aquelas que oferecem dividendos. Essas empresas, em vez de reinvestirem os seus lucros em seus projectos, dividem parte dele com seus accionistas proporcionalmente.

Em geral, essas companhias são consolidadas em seus ramos de actuação e operam próximo de sua capacidade máxima, ou seja, não ambicionam crescer mais. Exemplos mais comuns são aquelas que têm contratos longos com o setor público, como as do sector bancário, seguradores, de mineração, petrolíferas, telecom, etc e estão garantidas pelos próximos anos.

Porém, para esses dividendos serem distribuídos, é necessário que a empresa dê lucro. Portanto, você deve estudar antes e ver se o potencial dessas acções é vantajoso. 

Acções com potencial de crescimento

Há empresas ainda têm espaço para crescer ou estão em mercados em desenvolvimento, como é o caso das startups e das fintechs.

O problema é que, se fosse fácil encontrar essas opções, todos fariam muito dinheiro na bolsa de valores. Para facilitar a busca, a dica é buscar empresas que são inovadoras e têm condições de sustentar um crescimento acelerado. Além disso, é importante que a economia esteja aquecida no sector.

Como começar a investir em ações com pouco dinheiro?

Começar com valores menores é uma excelente saída para retirar a pressão dos seus ombros e conhecer o funcionamento do mercado sem arriscar o seu património. Para isso, é melhor comprar acções sem perspectiva de venda próxima, ou seja, que você aposte no seu crescimento no longo prazo para lucrar.

Para realmente começar:

  1. Faça um planeamento do seu património/inventário

O principal motivo para investir na bolsa de valores é aumentar o património/riqueza. Porém, um ensinamento importante é que ninguém fica rico apenas comprando e vendendo ações. Os seus principais recursos são provenientes do seu trabalho e você precisa geri-los correctamente.

Na hora de fazer o controle de gastos pessoais, separe uma porcentagem da sua renda para os investimentos. Defina uma meta de ganhos mensais — por exemplo, um rendimento acima da taxa básica de juros — e encontre opções que batam com essa estratégia. Além disso, nunca coloque tudo em renda variável!

  1. Estude o mercado

Quando você tem menos dinheiro para investir, é necessário fazer apostas certeiras para ter um lucro relevante. A sorte pode ajudar, mas não será o factor essencial para você acertar na mosca, então preocupe-se em aprofundar os seus conhecimentos com materiais pela internet e livros.

Além disso, informe-se diariamente sobre os rumos da economia — os principais sites e jornais de notícias têm uma parte focada nesse assunto. Quando for comprar uma acção, analise a sua tendência de crescimento para não ter prejuízos. Afinal, pagar muitas taxas de correctagem para corrigir os erros é inviável.

  1. Prefira os fundos de investimento

Como citamos, os fundos são geridos por profissionais do mercado financeiro. Eles têm mais capacidade de encontrar as melhores oportunidades e devolver lucros sem que você precise realizar as operações, bastando pagar uma taxa de administração/de gestão.

Além dos fundos de acções, também existem os fundos multi-mercado, que misturam renda fixa e variável, e os fundos imobiliários (sociedades de investimento de capital aberto e de capital fechado), que estão em alta e podem se beneficiar da recuperação da economia. Nessas opções, não é necessário abrir uma ordem de compra — o processo é idêntico aos títulos privados.

  1. Ganhe experiência no mercado

Pegar todo o seu dinheiro disponível para investimentos e comprar ações tem tudo para virar um pesadelo. É claro que você tem total liberdade para aplicá-lo onde quiser, mas a falta de conhecimento gera uma combinação arriscada para o seu património.

Existem maneiras de minimizar esses riscos e ganhar experiência. Muitas empresas oferecem simuladores para você operar no mercado com dinheiro fictício. Porém, o ideal é fazer pequenos investimentos e entender como os ativos variam antes de ter bagagem suficiente para aumentar os valores.

Artigo 157. 

Para a semana, em princípio, será o antepenúltimo artigo dedicado a este tema da Bolsa de Valores Mobiliários. 

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