Sociedade
Inventores veem projectos condicionados por falta de apoios
“Não somos tecnologicamente nem tido nem achados. Isso, para nós, está muito mal”, lamentou José Muxinda, líder da Associação Angolana dos Inventores e Inovadores, referindo-se à falta de apoios institucionais e financeiros do Estado angolano.
Os inventores e inovadores têm projectos tecnológicos a monte que precisam dar seguimento, mas por falta de uma “mão amiga” do Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação acabam engavetados, condicionando uma série de iniciativas que já ganharam medalhas no exterior.
“Nós falamos muito de projectos. A verdade é que nós somos, no ponto vista tecnológico, deficientes. Há um apelo a quem de direito, no sentido de nós apostarmos mais em tecnologias e, é possível se nós conseguimos lançar um satélite, então, o próximo passo seria fazer estes microprocessadores”, o líder associativo.
Apesar de algumas limitações financeiras, José Muxinda sinalizou que a Associação Angolana dos Inventores e Inovadores tem-se desdobrado com pouco que vai aparecendo, exemplificando os prémios arrebatados pela organização na Europa, no seguimento de varias criações de angolanos.
A Associação Angolana dos Inventores e Inovadores sublinhou existir um projecto bastante que tem a ver com uma demonstração que deu o Nobel de Física a um cientista britânico, está a ser desenvolvido por Hélder Silva, inventor angolano, que, pela segunda vez, vai concorrer para Nobel de Física.
“Nós temos um projecto bastante interessante que é relativamente ao prémio Nobel de Física. É um projecto do colega Hélder Silva, que já ganhou uma medalha na Alemanha, portanto, nós pretendemos fazer uma demonstração nas unidades orgânicas da Universidade Agostinho Neto e demais centros universitários em Angola”, disse José Muxinda.
Portanto, o responsável acha que Angola pode estar, também, nos lugares cimeiros da invenção e inovação em África e no Mundo, apostando no sector para deixar de ser um parente pobre em Angola, já que somos dependentes tecnologicamente do ocidente.
“Temos projectos de construção de placas. As placas podem ser feitas em Angola. Não é um bicho-de-sete-cabeças, juntando o útil e o agradável dos seis circuitos integrados, com às placas, nós teríamos a possibilidade para produzir localmente os nossos smartphone e nossa indústria de tecnologia aumentaria. Um país que não tem tecnologia é vassalo. Ora importamos tecnologia dos Estados Unidos, da China e de Israel, é um perigo. Tudo que esta aqui veio de fora isso significa que toda informação que está aqui também vai lá para fora, então, nós temos que produzir o que nosso, implementar o que nosso e é possível, dai sermos autónomo”, alertou.
O presidente da Associação Angolana dos Inventores e Inovadores, José Muxinda, garante que não existe nenhum projecto de angolano registado no estrangeiro, mas eles existem mais em nome de outros criadores.