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Internet pode levar a abstenção muitos eleitores

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ONU indica que 12,4 por cento dos angolanos têm acesso à rede mundial de computadores. Em ano eleitoral em Angola, o uso da internet pode ser importante na escolha dos eleitores, mas também no acompanhamento do acto num país com um vasto território.

O Índice de Desenvolvimento Humano das Nações Unidas divulgado na terça-feira, 22, revela que apenas 12, 4 por cento angolanos, no entanto, têm acesso à rede mundial de computadores.

O acesso à internet pode ser uma faca de dois gumes nas próximas eleições, de acordo com o sociólogo Aniceto Cunha em entrevista a VOA.

Ele afirma que esta percentagem pode mobilizar eleitores a votarem ou a absterem-se nas eleições.

“Pode ser um motor para mobilização ao voto ou não voto, agora vai depender dos actores políticos”, sublinhou Cunha.

Para o pesquisador Álvaro Nuno Dala, os métodos utilizados nestas estatísticas são desconhecidos.

Entretanto, aponta que existem muitos factores que inviabilizam o funcionamento das redes sociais em Angola porque “é ainda uma gota no oceano”

Recorde-se que a Freedom House, no seu relatório publicado este ano, indica que em Angola não há censura ou restrições, mas faz notar a intimidação de bloguistas e diz que as novas leis aprovadas visam controlar a liberdade de expressão, também através da internet.

A organização considera Angola um país parcialmente livre no que diz respeito ao acesso à internet.

No Índice de Desenvolvimento Humano, Angola caiu um lugar em relação a 2015 (150), mas viu a esperança média de vida aumentar para os 52,7 anos, apesar de os anos de escolarização continuar nos 11,4.

Outros dados indicam que 63,2 por cento da população angolana trabalha.

Radio Correio Kianda

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