País
Intenção duvidosa – Médico Mutila paciente sem consentimento
Cláudia Manzayila Mpelo, mulher de 29 anos de idade, foi submetida a três operações cirúrgicas para a extracção do útero na Maternidade Lucrécia Paim, sem ter sido previamente consultada, numa intervenção que teve lugar no início do mês de Março de 2014.
Sem forças para lutar nem vontade para continuar a viver, a jovem Cláudia Mpelo diz que a operação foi realizada pela equipa médica em serviço (15.03.2014) naquela unidade hospitalar, onde terá dado entrada em consequência das dores que sentia, pois encontrava-se nos últimos dias de gestação do primeiro filho.
Após a cesariana, Cláudia Manzayila Mpelo, além de ficar sem o útero, perdeu também o próprio filho, porquanto os documentos que lhe foram entregues, pela sua mãe, depois de estar recuperada, atestam que tratou-se de um feto morto; facto considerado injustificável, uma vez que durante as consultas pré-natais e mesmo através das ecografias efectuadas enquanto durou a gestação tudo apontava para o positivo, descurando-se quaisquer complicações com a criança.
“Durante os exames jamais tive problemas, os diagnósticos médicos afirmavam que estava tudo bem; como é possível me operarem e extraído o útero, ainda por cima o bebé vem morto, aliás nem cheguei a ver o corpo do meu filho! Acabaram com a minha vida, pois nunca mais terei filhos. Me retiraram o útero, como vou viver assim?! Sou muito jovem, só tenho 29 anos, o que será de mim, daqui para diante?”, questiona a mesma, lacrimejando, mas fazendo esforço para tentar conter as lagrimas que banham-lhe o rosto, a fim de dar sequencia à conversa.
Cláudia Mpelo afirma que após a primeira cirurgia, foi operada mais duas vezes, novamente sem explicações alguma do corpo de enfermeiros em serviço, tendo mostrado resistência durante a terceira intervenção e pedido, para o efeito, veementemente, a presença da sua progenitora e do marido, que na altura pernoitavam na parte frontal da Maternidade Lucrécia Paim, sem notícias acerca do estado de saúde de Cláudia.
Segundo a mesma, nem com a presença dos familiares, os médicos responsáveis, conhecidos por Luísa Ribeiro e Fuké, conseguiram explicar as causas da criança ter nascido morta ou as razões que ditaram o parto por cesariana e consequente extracção do útero da paciente Cláudia Mpelo.
Enquanto isso, a mesma aguarda por uma explicação por parte da Maternidade Lucrécia Paim, que infelizmente tarda chegar.