Sociedade
Instalações da SGO no Zaire transformadas em albergue de marginais
As instalações da operadora de transportes colectivos SGO (Grupo Odilon Santos), localizadas no casco urbano da cidade de Mbanza Kongo, capital da província do Zaire, transformaram-se nos últimos meses em albergue de marginais e dementes, devido ao estado de abandono em que se encontram.
Localizadas na via principal de acesso à zona nobre da cidade de Mbanza Kongo, as instalações desta operadora de transportes colectivos encontram-se fechadas desde o ano passado (2017), tendo o capim e lixo tomado conta do seu edifício.
Moradores contactados hoje pela Angop, mostraram-se preocupados com o actual cenário do edifício desta operadora de transportes, pelo facto de passar a ser um esconderijo de marginais, no período nocturno.
“Há dias em que não dormimos a vontade, por causa de muito barulho perpetrado por elementos desconhecidos que passam a noite nesse edifício”, queixou-se Graça Tussamba, uma das moradoras que vive a escassos metros das referidas instalações.
Segundo disse, para além dos supostos marginais que ali pernoitam, as antigas instalações da referida operadora, em Mbanza Kongo, transformaram-se também em albergue de pessoas com problemas mentais (dementes), colocando em risco as crianças que diariamente brincam nas imediações das mesmas.
Pedro Gomes, morador do bairro 11 de Novembro onde se localizam as referidas instalações, frisou que o mau estado de conservação em que se encontra o edifício tem também manchado a imagem da cidade de Mbanza Kongo, a julgar pela sua localização (na via principal).
De acordo com a fonte, as autoridades competentes devem persuadir a direcção da empresa para alterar esse quadro para se evitar situações alarmante no futuro.
“Se a operadora foi à falência deve envidar esforços para conservar o seu edifício para que deixe de acolher elementos estranhos que tiram sono aos moradores e colocando em risco a vida das nossas crianças”, frisou.
Referiu que a operadora deixou de frequentar a cidade de Mbanza Kongo, desde 2017,por razões desconhecidas.
É a primeira operadora de transportes colectivos que abriu, em 2014, a rota interprovincial, ligando as cidades de Mbanza Kongo/Luanda e vice-versa.
A Angop tentou sem sucessos ouvir elementos afectos a SGO, por falta de uma representação dessa operadora na região.