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Iniciam testes às ossadas das vítimas dos conflitos políticos

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O Laboratório Central de Criminalística, afecto ao Serviço de Investigação Criminal do Ministério do Interior, começou, ao meio da manhã desta quinta-feira, 03, em Luanda, o processo de testes às ossadas das vítimas dos conflitos políticos ocorridos em Angola.

O processo, que resulta da decisão do Presidente da República, compreende várias fases, segundo o Ministro da Justiça e dos Direitos Humanos.

“É um processo que requer paciência e tempo, porquanto, disse o dirigente, têm de ser lavados os restos cadavéricos, colher as amostras, nomeadamente, sangue e saliva dos familiares vivos e só depois disso é que se chega ao teste de DNA, propriamente dito, que vai confirmar ou não se a pessoa em causa é, efectivamente, a que está em causa”, referiu.

Para o dirigente, depois deste processo, o Estado vai colocar os restos mortais numa urna e entregar aos familiares para a realização do respectivo funeral, dentro dos critérios e escolhas da própria família.

Para o arranque do processo, foram ao hospital Américo Boa Vida, familiares de dirigentes da UNITA, que morreram em combate, em 1992, nomeadamente, Alicerces Mango, Geremias Chitunda e Salupeto Pena, que viram os restos mortais e, na sequência, foram ao laboratório central de Criminalística tirar as amostras para o competente DNA.

Ministros do Interior, da Justiça e da Saúde, bem como membros da comissão constituída pelo Presidente da República sobre o assunto, acompanham, de perto, todos os trabalhos de exumação, cujas ossadas serão, nos próximos dias, entregues aos familiares.

Refira-se que, para além destes restos mortais, a equipa trabalha na recolha de ossadas de milhares de cidadãos, cujas vidas se perderam durante o vinte e sete de Maio.
Recorde-se que, o processo é uma iniciativa do Presidente da República e visa proporcionar um enterro condigno a todas às vítimas dos vários conflitos militares políticos registados no País, desde 1975 a 2002, independentemente da crença religiosa, filiação partidária, cor ou etnia.




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