Sociedade
INH estima défice de dois milhões de habitações em todo país
De acordo com o director-geral do Instituto Nacional da Habitação (INH), o país está com um défice de 2,2 milhões de habitações.
António da Silva Neto, que falava este sábado, 01, à imprensa, à margem do III Conselho Directivo daquele órgão afecto ao Ministério das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação, na província de Benguela, disse que todos os dias nascem pessoas e a procura por casa é contínua, mas que o objectivo é ir diminuindo o défice e, para isso, está em curso o programa de autoconstrução dirigida, que vai diminuindo a pressão.
Lamentou, por outro lado, o facto de cidadãos, que depois de terem o privilégio de adquirir a casa numa centralidade, ainda assim, refutam-se a fazer o pagamento.
Já o especialista em Administração Pública, Denílson Duro, apesar de reconhecer um passo significativo por conta das últimas construções de centralidades e urbanizações levadas a cabo pelo Executivo.
Lamentou, igualmente, o facto de o acesso as mesmas habitações ou de terrenos infra-estruturados se revelarem desafiantes e que beneficiam apenas um grupo selectivo de cidadãos.
Denílson Duro apontou a sistematização como o maior impasse no acesso às habitações principalmente para os jovens. O especialista afirmou não se justificar que com as actuais centralidades e urbanizações ainda se continuar a observar a informalidade urbanística na capital do país.
O especialista em Administração Pública defendeu ser necessário estabelecer-se critérios no processo de atribuição de residências, criticando aquilo que se vivenciou no processo passado de atribuição levada a cabo por associações juvenis.