Economia
Indústria petrolífera quer participação da banca para alavancar o sector
Os players da indústria petrolífera angolana que participaram do primeiro Fórum Banca Oil & Gás, realizado na sexta-feira, 26, em Luanda, pretendem ver o sector reforçado com o financiamento da banca, para que a indústria continue a apresentar os resultados de que se lhe espera.
O fórum teve como objectivo aprofundar a participação da banca comercial na actividade petrolífera, abordar sobre a criação do fundo petrolífero angolano e o modelo a ser aplicado, com o intuito de se apoiar o desenvolvimento das infra-estruturas industriais e a capacidade técnica das empresas exploradoras e prestadoras de serviço no sector de Oil & Gas. Este evento reuniu os principais executivos da banca comercial angolana, bem como os principais executivos do sector petrolífero angolano.
O director de negociações da Agência de Petróleo e Gás, Hermenegildo Buila, disse que a banca angolana “ainda tem uma presença muito fraca na indústria petrolífera”, no país, tal deve-se, segundo referiu, à falta de oportunidades para incentivar a banca ao sector do petróleo. O elevado risco que o sector acarreta, faz com que os bancos ponderem na pretensão de actuarem no sector, esperando que com a realização do fórum sirva de incentivo à participação da banca na industria petrolífera.
Aquele responsável espera que o fórum sirva para melhorar a participação dos bancos no sector petrolífero.
Hermenegildo Buíla espera, no entanto, que com o fórum “os bancos abram, aumentem o leque de serviços que já prestam ao sector prestam ao sector petrolífero”, e que surjam “mais oportunidades para continuar a dialogar com os bancos e apresentarmos mais oportunidades para que os bancos se sintam confortável a se juntarem ao mercado petrolífero”.
Luís de Carvalho, administrador de uma empresa de prestação de serviço no sector petrolífero, disse que o fórum se constitui importante pelo facto de poder melhorar a relação banca e petróleo.
Defendeu, por outro lado, um tratamento igualitário a todos, por parte da banca, por entender que o sector dos petróleos é dos que menos se tem beneficiado de financiamento bancário, tendo exemplificado o facto de a banca ter criado um fundo de apoio “às outras áreas que não estão a ter projectos suficientes, que podiam tentar redireccionar alguns destes fundos para a nossa industria que é uma industria que já está a operar, já gera emprego, já gera resultados e que depois com o aumento desta industria poderá transferir para o sector circulante” e poder contratar mais recursos humanos e de serviços locais.
O director geral adjunto do instituto Regulador dos derivados de petróleo, António Feijó, disse que Angola tem um actividade de extracção e comercialização de petróleo bruto “muito intensa”, mas o segmento da sua transformação de Petróleo Bruto em derivados (gasolina, gasóleo e demais produtos) muito usado na vida diária. Por esta razão, continua “é preciso que investidores nacionais e internacionais olhem para este segmento como uma oportunidade de negócios”.
Como exemplo, cita o número insuficiente de postos de abastecimento de combustível, e da deficiente infraestrutura de armazenagem de combustível a nível do país, bem como da necessária atenção as estruturas de gás de cozinha como factores a ter em conta e que os investidores devem aproveitar para explorar. Hermenegildo Buíla avança ainda que estes não devem estar sozinho, e que existe a banca para ajuda-los a entrar no mercado, através de pacotes de financiamento.
Disse ainda existirem várias empresas nacionais e internacionais interessadas em investir, mas que se debatem com a falta de financiamento.
O director de Negociações da ANPG abordou o sobre investimentos da indústria de petróleo e gás, no fórum que juntou outros 19 preletores, entre nacionais e estrangeiros.
Petróleo, gás e banca, política cambial para o sector petrolífero, oportunidades no dowstream, financiamento de empresas de exploração de petróleo, financiamento da actividade petrolífera, investimentos em petróleo e gás, bem como importância do de reservas e recursos para os bancos e instituições financeiras, essência dos fundos petrolíferos e fundo petrolífero angolano, foram os temas abordados no fórum.
Mais de 20 preletores, entre nacionais e estrangeiros participaram do primeiro fórum sobre a banca, Petróleo e Gás, em sistema híbrido, durante o qual os operadores do da indústria de petróleos reclamaram da falta de participação da banca como financiador.