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Igreja Universal substitui Odebrecht como “ponte” na relação entre Brasil e África

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Após um período de afastamento, o Brasil voltou a aproximar-se da África. Contudo, na gestão de Jair Bolsonaro, as igrejas evangélicas fazem a ponte que já foi realizada por Construtora como a Odebrecht e Queiróz Galvão.

Deputados ligados à igrejas evangélicas lideram sete dos oito grupos parlamentares de amizade entre o Brasil e nações africanas, afirma reportagem recente da BBC Brasil. A Igreja Universal, presente em 23 dos 55 países Áfricanos, é responsável pelos grupos de amizade com Angola, Cabo Verde, Moçambique, Camarões e Namíbia.

A agenda política da Universal em África é liderada pelo deputado federal Márcio Marinho (Republicanos-BA). Bispo da igreja, Marinho viajou a São Tomé e Príncipe durante a crise recente e acompanhou o ministro de Estado das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Henrique Fraga Araújo na digresão que efectou recentemente a países africanos, nomeadamente Cabo Verde, Nigéria e Senegal, com a mesma finalidade

“Com a perda de poder das empreiteiras, que foram a ponte entre Brasil e África nos últimos 20 anos, sobretudo a Odebrecht, que está em situação, para dizer o mínimo, bastante complicada, nada mais lógico do que agora enfatizar essa questão simbólica, de identidade”, afirma à Sputnik Brasil o professor do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de São Paulo (USP) Vinícius Rodrigues Vieira.

Para Vieira, os grupos evangélicos brasileiros buscam “conquistar um novo mercado de fiéis” e a atual associação entre o ministerio das Relações Exteriores do Brasil e os grupos religiosos é “perigosa”.

 

C/ Sputnik Brasil




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