Sociedade
Huíla: Populares agastados com a direcção do Hospital Central do Lubango
Os populares que buscam diariamente pelos serviços de saúde no Hospital Central do Lubango “Dr. António Agostinho Neto”, uma homenagem ao primeiro presidente da República Popular de Angola, revelam-se agastados com a direcção da referida unidade sanitária.
Acusam o hospital de não estar a receber os pacientes com normalidade alegadamente devido a pandemia da Covid-19.
“Na semana passada, viemos aqui com o filho do meu vizinho, fomos permitido entrar só depois de várias reclamações. Segundo o hospital só estão atender casos de coronavírus. O triste é que o rapaz morreu horas depois de dar entrada ao Banco de Urgência, quando eles diziam que esse caso não é grave, procurem o posto médico mais próximo de casa, lamenta o nosso interlocutor identificado por Domingos José.
Nos últimos tempos reclamações do género têm sido constantes entre os populares que ocorrem diariamente ao Hospital Central do Lubango, em busca de serviços de saúde.
“Me parece que na lógica da direcção do hospital, como neste momento está se combater a pandemia da Covid-19, nós podemos morrer de outras doenças. Isso é normal”, sublinhou um outro popular, Fernando Chimuco.
A direcção do Hospital Central do Lubango, na voz da sua directora-geral, Lina Antunes, tem estado a justificar as restrições no atendimento em função da pandamia da Covid-19 que o país vive.
Recentemente disse à imprensa local que os serviços de consultas externas naquela unidade hospital estão suspenso temporariamente no âmbito da prevenção da Covid-19. E que em caso de doença os populares devem procurar primeiro os postos médicos de cuidados primários e secundários e só os casos graves dão entrada ao Hospital Central.
Entretanto, a província da Huíla não tem nenhum caso positivo de Covid-19.
Lembrar que o Hospital Central do Lubango é a maior unidade sanitária da região sul de Angola.