Sociedade
Huíla: cidadã americana paga mais de Kz 4 milhões à jovens para assassinarem seu marido
O Serviço de Investigação Criminal (SIC) confirmou esta quinta-feira, 08, a detenção da cidadã americana Jacqueline Shroyer e de dois angolanos, acusados da morte de um missionário, que em vida respondia pelo nome de Beau Shoyer, na província da Huíla.
O porta-voz da corporação Manuel Halaiwa, disse em conferência de imprensa que, a cidadã americana, mulher da vítima, é supostamente a mandante deste crime, que envolve igualmente um cidadão angolano, de 24 anos, antigo funcionário de uma empresa de segurança que protegia a casa deste casal.
Manuel Halaiwa explicou que, há “fortes suspeitas de um relacionamento, eventualmente amoroso, entre a mandante e o participante. Além de Jacqueline Shoyer, está detido o executor do crime, um cidadão de 23 anos, já com passagens pela polícia, encontrando-se em fuga um outro cúmplice.
Para a execução do crime, a mandante terá pagado o valor de 9400 dólares, que os acusados terão convertido em kwanzas, estando já cativos cerca de metade, 4,5 milhões de kwanzas.
De acordo com o porta-voz do SIC, é “certo que a mandante terá determinado a execução do esposo por uma intenção de não querer sair de Angola”, pretendendo “contacto permanente, mas também para cumprir outra acção voltada à vida missionária, por conta de alguns projectos existentes no município da Humpata, onde já receberam avultados orçamentos, fala-se em milhões de dólares”.
O casal que vivia junto há 20 anos com cinco filhos, chegou a Angola em 2021 para prestar serviços missionários para a igreja Laques Área Vineyard Church (LAVC).
O SIC diz que, Beau Shroyer, de 44 anos, terá sido atraído pela mulher com o propósito de aprender a conduzir uma viatura de caixa manual, onde foi assassinado com golpes de faca dentro da sua viatura, num momento em que Jacqueline Shoyer se terá afastado do local para necessidades fisiológicas.
O Ministério do Interior informou a Embaixada dos Estados Unidos em Angola e também os familiares, aguardando-se outras formalidades para transladação ou enterro da vítima.
“Está apreendida a viatura que foi usada para a realização do crime, o instrumento usado para o cometimento do crime e também valores apreendidos, cativos no banco. Já determinámos algum rasto desse dinheiro e já foram cativos 4,5 milhões de kwanzas”, avançou Manuel Halaiwa.