Sociedade
Huambo: Expulsos dois agentes da Polícia Nacional por má conduta
Dois agentes da Polícia Nacional, na província do Huambo, implicados em práticas indecorosas e contrárias aos princípios e normas dos órgãos operativos do Ministério do Interior (MININT), foram expulsos hoje.
O acto ocorreu durante uma formatura geral, orientada pelo delegado local do MININT, Eduardo Fernandes Cerqueira, testemunhado por responsáveis e membros dos órgãos dependentes do Ministério do Interior.
Na ocasião, o director do gabinete de Assessoria Jurídica, intendente Gonçalves José Selongo, informou que, além da expulsão dos dois agentes, de Maio a Junho deste ano foram abertos 26 processos contra dois oficiais superiores, dois subalternos, quatro sub-chefes e 19 agentes.
Os processos decorrem das práticas de deserção, extravios de meios militares, embriagues no local de serviço, ofensas corporais com arma de fogo, ausência ilegítima no local de serviço, injúrias, disparos anárquicos com arma de fogo, furto, negligência e compulsão.
De tais processos, segundo Gonçalves José Selongo, resultaram na despromoção de um agente de primeira classe, ao passo que os dois oficiais superiores, incluindo um sub-alterno e dois sub-chefes, multados com descontos nos seus salários.
Durante a formatura geral, dois oficiais superiores passaram à reforma, por tempo determinado de serviço, nomeadamente o superintende Dias Daniel, colocado no Serviço de Investigação Criminal, e o intendente David Gime, então 2º comandante da Polícia Nacional no município do Longonjo.
Dirigindo-se aos presentes, o delegado do MININT na província, Eduardo Fernandes Cerqueira, reafirmou a necessidade do primar por um comportamento exemplar, pautado na disciplina, no espírito de camaradagem, patriotismo, observância da ética, do sigilo profissional e no orgulho de que toda outra actividade depende da ordem e da tranquilidade públicas, devendo, para este efeito, evitar o cometimento de práticas contrárias aos princípios e normas do Ministério do Interior.
Referiu, ainda, que o Ministério continuará implacável quanto ao efectivo, quer seja o pessoal de base, quer seja os oficiais superiores, que, de forma insistente, violar os princípios da corporação, sobretudo a embriagues em serviço e nos locais de serviço.