A informação foi avançada hoje, domingo, à Angop, na cidade do Lubango, pelo director-geral, Paulo Kassanga, que dirige a instituição há seis meses, tendo precisado que a dívida foi feita pela anterior gestão do hospital.
Disse que o valor em causa poderá ser arrolado para dívida pública, uma vez o hospital não dispõe de fundos para pagar tal montante.
Fez saber que algumas instituições, sem adiantar nomes, reclamam pelo pagamento da dívida, sendo que o hospital já foi condenado em tribunal devido a queixa de uma empresa.
Devido a essa situação, lamentou, muitas das empresas pararam de fornecer materiais hospitalares e outros serviços específicos.
Salientou que o hospital recebe, mensalmente, um montante que varia entre os 20 e 81 milhões de kwanzas para manter a instituição a funcionar, mas o valor é insuficiente para as necessidades da instituição.
Segundo o director, o hospital para trabalhar em pleno necessita, no mínimo, de mil milhões de kwanzas por mês.
Afirmou que o valor que recebe só serve para manter os serviços mínimos do hospital, como pagamentos de salários dos funcionários e das empresas que garantem o serviço de cozinha, segurança, limpeza e manutenção da unidade sanitária, assim como para compra do material indispensável.
Devido a essa situação, ressaltou, o hospital está a funcionar a 10 ou 15 porcento da sua capacidade, por carência financeira.
“Em toda a parte do mundo a saúde é cara. Só para perceberem, uma caixa de soro custa quase 20 mil kwanzas e gastamos, normalmente, 100 a 150 caixa deste produto por dia”, frisou.