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Higino Carneiro pode ser julgado em breve

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O Procurador da República, Hélder Pitta Grós revelou, ontem, que a PGR já remeteu ao tribunal o processo crime que envolve o deputado, ex-ministro e antigo governador de Luanda, Higino Carneiro, acusado pelo Ministério Público da prática de crimes de peculato, tráfico de influência, nepotismo, associação criminosa e branqueamento de capitais.

“O processo de Higino Carneiro já foi para o tribunal. E em relação ao processo, estamos a trabalhar para sua conclusão mais rapidamente possível. Nós na investigação criminal muito dificilmente podermos dar dados, porque prazos para os tribunais julgarem tem fases próprias”, começou por dizer, quando avançava que a PGR trabalha, igualmente, para a conclusão dos processos que envolvem os generais Dino e Kopelipa.

“A nível da investigação criminal, nós vamos trabalhando e só quando acharmos que o processo tem prova suficiente para mandar para o tribunal para ser julgado aí sim. Também não vamos remeter processo ao tribunal que não tenha prova suficiente”, informou em entrevista à RNA.

Na mesma entrevista, Pitta Grós revelou que as autoridades angolanas aguardam a extradição do antigo PCA da TCUL, Abel António Cosme, detido em Portugal, envolvido no caso CNC.

“Aguardamos a todo momento que se concretize, porque foi feito por nós esta solicitação de localização e extradição deste funcionário público e aguardamos que a justiça portuguesa e o Governo português decidam por isso”, revelou, sem deixar de mencionar a investigação que está ser feita as altas figuras da Unidade Especial de Desminagem da Casa de Segurança do Presidente da República, ouvidas há dias, para se apurar as denúncias sobre a existência de fantasmas nas folhas de salário.

Ainda assim, o Procurador da República deixou claro que o seu órgão vai continuar a perseguir todos aqueles que se aproveitaram ilicitamente dos bens públicos para enriquecerem os seus bolsos, exemplificando as altas figuras do Estado que, até uma dada altura, eram vistas como inatingíveis no programa de combate à corrupção e recuperação de activos.

“Nós quando abordamos o tempo da selectividade, o que que temos que ver. Primeiro, quem foram as pessoas que estiveram a gerir os bens públicos ao longo destes anos todos? Então, as pessoas têm de ser perseguidas porque geriram mal o bem público, não podemos ir procurar outras pessoas que não estiveram na gestão do bem público para serem perseguida ilegalmente, e, portanto, a selectividade está neste sentido. E temos estado a perseguir todos aqueles que ao longo destes anos fizeram a gestão do bem público quer a nível de províncias, quer a nível dos órgãos centrais do Estado e que incorreram em práticas ilícitas. Temos estado a perseguir e vamos, sim, continuar”, esclareceu.

Por Pedro Kididi




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