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África

“Herói do Hotel Ruanda” está em liberdade depois de alterada a pena de 25 anos

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O líder da oposição ruandesa, Paul Rusesabigina, cuja história inspirou o célebre filme Hotel Ruanda, foi libertado na noite de sexta-feira, 23, depois de ver a sentença de 25 anos de prisão, alterada.

A informação foi inicialmente avançada, na sexta-feira pelo porta-voz do governo ruandês, Yolande Manolo, que referiu que a sentença de 25 anos de Paul havia sido comutada, por ordem presidencial, após um pedido de clemência, pelo que a sua restituição à liberdade seria no Sábado, o que acabou por acontecer na noite de sexta-feira.

Ele foi detido em 2019 e posteriormente condenado por oito acusações de terrorismo decorrentes do seu papel de liderança no Movimento Ruanda pela Mudança Democrática (MRCD), cujo braço armado, a Frente de Libertação Nacional (FLN), atacou o país.

O caso tinha sido descrito pelos EUA e outros como injusto. Rusesabagina desapareceu em 2020 durante uma visita ao Dubai nos Emiratos Árabes Unidos e apareceu dias depois no Ruanda algemado. A sua família alegou ter sido raptado e levado para ser julgado contra a sua vontade, no Ruanda, onde foi condenado a 25 anos de prisão.

Paul Rusesabagina é um líder político no Ruanda, que ficou conhecido mundial por ter servido de inspiração para o filme ‘Hotel Ruanda’ de 2004, pela sua história quando trabalhava como gerente de um hotel em Kigali, onde abrigou mais de 1.200 tutsis e hutus, durante o genocídio de 1994 em que mais de 800 mil ruandeses das duas tribos foram massacrados.

A prisão do conhecido ‘herói do Hotel Ruanda’ azedou as relações entre o País africano e os Estados Unidos.
Logo apois a libertação de Paul, o secretário de Estado norte-americano, Antony J. Blinken, reagiu com satisfação.

“Congratulo-me com a libertação de hoje de Paul Rusesabagina pelo Governo do Ruanda. É um alívio saber que Paul está voltando para sua família, e o governo dos EUA agradece ao governo de Ruanda por tornar essa reunião possível”, disse.

Os agradecimento de Antony estendem-se igualmente ao Governo do Qatar “por sua valiosa assistência que permitirá o retorno de Paul aos Estados Unidos”.

“Os Estados Unidos acreditam em uma Ruanda pacífica e próspera. Reafirmamos o princípio de buscar mudanças políticas em Ruanda e no mundo por meios pacíficos. Simplesmente não há lugar para violência política. Agradeço àqueles do governo dos EUA que trabalharam com o governo de Ruanda para possibilitar esse resultado”, disse numa mensagem a que o Correio da Kianda teve acesso.