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Sociedade

Habitantes da região fronteiriça recorrem a serviços médicos na RDC

Mais de 3.500 habitantes da Regedoria/Saimbuanda, província da Lunda Norte, recorrem à assistência sanitária e ensino primário da República Democrática do Congo (RDC), por falta de serviços e infra-estruturas afins na região.

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Esta informação foi prestada à imprensa no fim-de-semana pelos anciãos da referida Regedoria, durante a visita do governador provincial Ernesto Muangala ao marco-21, que deu início a jornada de constatação às condições sociais nas áreas fronteiriças com a RDC.

Ernesto Muangala justificou o facto dizendo que esta situação surgiu em razão do tempo que foi preciso para a reposição daquela parcela ao território nacional, uma vez que as autoridades congolesas reclamavam como sendo sua até 2006.

Naquele posto da polícia da Guarda Fronteira de Angola, o governante tomou conhecimento que 200 estrangeiros em situação ilegal saíram voluntariamente do território nacional durante o mês transacto, no quadro da Operação Transparência.

Ndala Kapaka, um dos seis sobas da Regedoria que dista a seis quilómetros da província do Cuango (RDC), defendeu a melhoria dos acessos para a promoção do comércio rural.

Por sua vez, Pedro Nelson, um dos dois professores primários há um ano na comunidade, disse notar um elevado índice de absentismo e fraca assimilação dos alunos na língua portuguesa, por ainda frequentarem escolas congolesas onde aprendem a língua local “lingala” e o francês.

Os encarregados de educação explicam que a situação ocorreu devido a falta de professores e infra-estruturas escolares, mas garantem o retorno dos filhos às aulas em instituições nacionais de ensino, a partir do próximo ano lectivo.

O mesmo partilha a adolescente Rachel Cassenga, de 15 anos, que deplorou a ocupação das instalações de igrejas para as aulas em detrimento dos cultos de adoração a Deus.

Presente na caravana do governador, o Conservador Provincial do Registo Civil, Chissola Yânvua, adiou o registo gratuito perspectivado para mais de 800 menores da povoação em consequência da chuva.

A província da Lunda Norte, com mais de 900 mil habitantes em dez municípios, partilha 770 quilómetros de fronteira com a República Democrática do Congo.

ANGOP

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