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Politica

Há três anos das eleições de 2027 partidos começam a mover tabuleiro político

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O mosaico político angolano já está em movimento embora ainda faltem três anos para as eleições gerais de 2027. Os últimos acontecimentos no seio dos partidos políticos trouxeram novas reflexões e abordagens.

O PRS realizou, recentemente, o seu V congresso, o MPLA prepara-se para a sua reunião extraordinária em Dezembro, depois do encontro do Bureau Político e Comité Central, a UNITA está em jornadas, e o Tribunal Constitucional legalizou o PRA-JA de Abel Chivukuvuku.

Estes “Desafios e Perspectivas dos Partidos Políticos em Angola” foram abordados no “Capital Central” desta quinta-feira, 10.

O historiador Fernando Sakwayela entende que, é necessário que outros partidos políticos como FNLA e Partido Humanista de Angola (PHA) e a coligação CASA-CE imprimam também esse dinamismo para o bem da democracia.

“Os nossos partidos precisam dar vida, precisam mostrar que existem, de facto, para nós não termos um multipartidarismo de júri e um bipartidarismo de facto, o que depois muito se critica, termos um país que se resume ao MPLA e à UNITA. Na verdade, estes são os dois partidos que, a par da sua existência legal, a par da sua (existência de júri, elas dão provas de existência de facto”, disse.

E Eurico Gonçalves, cientista político entende que o sucesso da democracia angolana depende, em grande medida, da organização dos partidos políticos.

“Em 2027 teremos eleições competitivas, no entanto, há que chamar a atenção a todos os partidos políticos que são parte integrante do mosaico político eleitoral de Angola, os do presente e os do por vir, de que precisam desesperadamente de dar cientificidade ao quê? Às suas atitudes, comportamentos e acções. Porque política é ciência, política é facto e não fábula. E é preciso resolver os problemas políticos a nível interno, baseados obviamente nas mágoas e ressentimentos, caso contrário eu não consigo compreender um grupo de indivíduos dotados de mágoas e ressentimentos entre si, sendo capazes de liderar um Estado ou uma nação. Não é possível”, avançou.

Com a legalização do PRA-JA Servir Angola questiona-se o futuro da Frente Patriótica Unida (FPU). Muitos analistas entendem que o Bloco Democrático terá de concorrer sozinho sob pena de ser extinto.

Eurico Gonçalves comentou o possível futuro cenário da plataforma política.

“Aqui vislumbramos um futuro não muito propício para a UNITA, visto que não terá que contar com o Bloco Democrático, do ponto de vista constitucional, terá de concorrer como força política em 2027 e a sociedade civil, liderada por Francisco Viana, também tem as suas pretensões, mas não tem muita influência nesse resultado que a UNITA obteve em 2022. Por outro lado, Abel Chivukuvuku tem a liberdade e a libertação de concretizar o seu sonho, ainda que não for o próprio Abel Chivukuvuku, mas ele poderá, já criado as condições de uma instituição, poderá preparar alguém que possa o substituir na linha da orientação política para consolidar a marca Abel Chivukuvuku, ou seja, vamos continuar a ter um PRA-JA Servir Angola, para sempre, para isso o investimento precisa ser feito agora e Abel tem esta responsabilidade suprema e sublime de o fazer”, expôs.

Esta quarta-feira, na abertura da III Reunião do Comité Central do MPLA, o seu presidente João Lourenço disse que “ninguém começa o jogo sem ouvir o apito do árbitro”. Fernando Sakwayela comentou o que chama de “mensagem para dentro do MPLA”.

“Em princípio, pareceu ser uma mensagem para dentro, é um discurso para dentro e para fora. O presidente, João Lourenço, lança farpas aos seus co-religionários que, na verdade, se antecipam no jogo político interno em função das possíveis apresentações de candidaturas, mas também o presidente avança para as grandes preocupações do país, que tem mesmo muito a ver com a questão da realização de um congresso extraordinário para reflectirem sobre a necessidade de uma melhor organização do cinquentenário do país, uma vez que o país vai a caminho dos 50 anos de independência, meio século, portanto era preciso que se fizesse uma festa à altura, então o presidente entende que era preciso fazer uma avaliação do percurso histórico desde a independência até ao alcance da paz e lança os desafios do futuro, que tem muito a ver com o aprofundar da democracia, bem como a consolidação da paz”, finalizou.




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