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Politica

“Há organizações juvenis que trabalham para satisfazer apenas os interesses dos seus líderes” – denuncia JMPLA

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O primeiro Secretário Nacional da JMPLA, Crispiniano dos Santos, denunciou na última sexta-feira, 2, em Luanda, a existência de organizações juvenis que trabalham para satisfazer apenas as necessidades dos seus líderes, em detrimento dos demais membros e associados.

Crispiniano dos Santos, que intervinha, na Casa da Juventude, na cerimónia de encerramento de dois dias de trabalho que um grupo de deputados da bancada parlamentar do MPLA realizou no município de Viana, para inteirar-se do andamento dos vários trabalhos sociais naquele município da capital, focou-se no papel que as organizações juvenis devem adoptar para promover o desenvolvimento social e económico do país.

O líder da “Jota” começou por categorizar a juventude angolana de acordo com momentos da história do país.

“Nós temos várias gerações e cada geração com as suas características. Temos a geração do 4 de Fevereiro, a geração do 11 de Novembro, temos a geração do 4 de Abril, e temos agora esta geração, e eu chamo a geração do desenvolvimento, porque é uma geração que tem responsabilidades acrescidas”, disse, justificando que “a medida que os tempos vão passando, surgem novos contextos económicos, políticos e sociais”.

Para Crispiniano, esses contextos exigem a cada jovem angolano, maior responsabilidade para o contínuo processo de desenvolvimento do país.

Aquele líder juvenil chamou atenção da juventude no sentido de se manterem firmes e não perderem o foco dos seus objectivos pessoais.

“Temos de ter a coragem de percorrer sobre ele, independentemente dos obstáculos que a gente vai encontrar”, disse, acrescentando ainda que o grupo parlamentar do seu partido, que trabalhou em Viana, reuniu com diferentes franjas da população daquele município da capital do país, para identificar os seus problemas e encontrar soluções para a sua resolução.

“Porque são os camaradas que vivem esses problemas e foi aqui muito bem dito:’só pássaro que vive debaixo da árvore é que sente os problemas do outro pássaro’ e nós viemos ouvir os problemas da juventude”. “E eu saio daqui muito pressionado em relação ao trabalho que temos que realizar junto de outros departamentos ministeriais competentes, sobretudo aqueles que lidam directamente com questões da juventude”, afirmou.

Crispiniano dos Santos disse ainda que os “jovens do desenvolvimento não devem ser mais um”, mas que deve se transformar de facto, em verdadeiros promotores da Paz, aliados ao desenvolvimento, mas por via de acções concretas”.

Foi neste ponto em que o primeiro Secretário Nacional da JMPLA dirigiu-se às organizações juvenis do país, afirmando que elas devem cumprir o seu papel.

“Não apenas o papel de satisfazer as necessidades das lideranças, conforme temos vistos. Temos associações juvenis, mas quem está a se beneficiar são apenas os líderes. Nós temos de fazer das organizações juvenis as verdadeiras escolas de transformações políticas e sociais, apostando seriamente no voluntariado, na filantropia, na religião, na academia”, disse, sublinhando que os jovens devem ser “peças fundamentais” para a promoção do desenvolvimento do país.