Economia

“Há instituições que sofrem mil ataques de hackers no mês” – BNA

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O vice-governador do Banco Nacional de Angola, Domingos Pedro, afirmou, nesta terça-feira, 30, em Luanda, que no país “há instituições que sofrem, por exemplo, mil ataques no mês”.

O governante, que falava aos jornalistas a margem do IX encontro de supervisão bancária dos bancos centrais dos países de Língua Portuguesa, começou por dizer que um novo quadro legal está a ser preparado para muito em breve ser apresentado, por conta dos vários ataques que os hackers têm vindo a protagonizar às instituições financeiras.

Questionado sobre os números reais de ataques, Domingos Pedro respondeu que “há instituições que sofrem, por exemplo, mil ataques no mês. Há outras que sofrem 200 ataques numa semana. Depende muito do tipo de ataque, depende muito também, digamos, da potência dos hackers”.

Quanto à origem dos hackers, o Vice-Governador disse ser difícil de controlar, pelo facto de que os hackers nem precisam estar em Angola para protagonizarem os ataques à instituições bancárias.

“Estão há alguns no mundo e estão a testar os sistemas. O importante é que os bancos, de facto, se dotem de mecanismos de prevenção suficientes para poder, digamos assim, mitigar este problema”, afirmou.

Sublinhou, no entanto, ser um problema internacional, de dimensão global.

“O importante é que as instituições, como disse, estão a tomar medidas acautelatórias. O Banco Nacional de Angola tem estado a trabalhar com as instituições no sentido de sempre ir aprimorando. Porque isto também não é uma reforma que se toma hoje e ficamos descansados”, afirmou.

Domingos Pedro assegurou que Banco Nacional de Angola tem estado a tomar medidas, e uma delas passa por reunir com os bancos comerciais, e neste momento o Banco Nacional de Angola está a preparar um quadro abrangente sobre a cibersegurança.

“Está neste momento a ser finalizado e pensamos que nos próximos tempos, muito em breve, este quadro vai ser partilhado com a sociedade. Mas nós já estamos a trabalhar com as instituições financeiras no sentido de cada uma das instituições financeiras reforçar os seus mecanismos internos de segurança. E partilharmos também as experiências com as outras instituições”, disse, acrescentando que o ataque a uma instituição naturalmente levanta a questão da prevenção em outras.

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