Economia
“Há ainda desafios a ultrapassar na região da SADC”, afirmam empresários e economistas
“Há ainda muitos desafios a ultrapassar para implementação do comércio livre na SADC”.
A afirmação é dos empresários e economistas ouvidos pela Rádio Correio da Kianda. Estes desafios, de acordo com os entrevistados, são resultados de questões estruturais, como a dependência de recursos naturais, a falta de diversificação da economia, infra-estruturas inadequadas, acesso a financiamento e a persistente desigualdade social.
Longui António Bongo, da Câmara de Comércio e Indústria, afirma que muitas das estradas e pontes na região estão em más condições, o que torna difícil para os produtores e comerciantes transportarem os seus produtos para outros países.
Adérito Costa, é produtor da pitaya e exporta o produto para diferentes países da região, fala das dificuldades e sublinha que, ainda há muito a ser feito para dinamização do comércio na região da SADC.
O economista José Macuva afirma que a integração económica é necessária para alavancar as economias dos países membro e de Angola em particular.
Para o especialista em Gestão e Administração Pública, Denilson Duro, é urgente a criação de acções tendentes a fortalecer a cooperação entre os Estados membros, garantir a implementação dos acordos, promover a participação e engajamento de todos.
E o presidente em exercício da SADC, João Lourenço, garante que a integração continental e regional continuar a ser a sua principal estratégia. O Chefe de Estado angolano afirma que a medida vai permitir a expansão dos mercados, alargar o espaço económico do continente e colher os melhores benefícios para as populações africanas.
O presidente destacou, inclusive, os avanços dados por alguns países membros da SADC para concretização do livre comércio na região.
Lembrar que, os principais objectivos da SADC consistem em alcançar o desenvolvimento económico, a paz e a segurança, o crescimento, reduzir a pobreza, elevar o nível e a qualidade de vida das populações da África Austral, e apoiar as camadas sociais desfavorecidas, mediante a integração regional.