África
Guiné Bissau: partidos políticos apelam paralisação total do país
A oposição da Guiné-Bissau apelou à “paralisia total” do país a partir desta quinta-feira, 27, dia que terminou o mandato do Presidente Umaro Sissoco Embaló, cinco anos após a tomada de posse.
O chefe de Estado anunciou no domingo que vai marcar as eleições presidenciais e legislativas para 30 de Novembro, mas a oposição exige a sua marcação para Maio.
Contudo, Embaló considera que o mandato se iniciou após a decisão do Supremo Tribunal sobre o contencioso eleitoral, que se seguiu às eleições de Novembro de 2019, ou seja, em 04 de Setembro de 2020.
“Apelamos à população para que fique em casa. Todos os mercados, lojas e escritórios estarão encerrados. Pedimos aos transportes que parem todas as actividades amanhã”, declarou o ex-primeiro-ministro Nuno Gomes Nabiam, num discurso em nome da coligação de oposição Aliança Patriótica Inclusiva.
Sobre o assunto, o jurista e comentarista da Rádio Correio da Kianda, Rui Verde, disse que a situação é consequência do corredor que a Rússia está criar em África, no âmbito da nova ordem mundial da força e do equilíbrio da força, por causa do apoio de Putin ao Presidente Embaló.
O académico, consolidou a sua ideia de que a força e o poder voltam a ser o aspecto principal na política internacional, ainda que a oposição anuncie a paralisação do país, e com intervenção de Portugal, mas será apenas força pura de actuações, como de Trump.
Ouça as declarações abaixo