África
Guiné-Bissau: PAIGC diz que “não aceita ficar fora das eleições de Novembro”
O PAIGC afirmou que não aceita ficar de fora das eleições na Guiné-Bissau, no dia em que o tribunal reiterou a exclusão da candidatura liderada pelo histórico partido da libertação.
A tomada de posição surgiu ao final da noite desta terça-feira, 14, dia para o qual foi anunciada uma reunião extraordinária do secretariado nacional e cujas decisões foram divulgadas num curto comunicado na página oficial do partido.
A reunião decorreu no mesmo dia em que o Supremo Tribunal de Justiça (STJ), convocou uma segunda conferência de imprensa para esclarecer o indeferimento da inscrição da candidatura da Plataforma Aliança Inclusiva (PAI) – Terra Ranka, liderada pelo PAIGC, às eleições legislativas e do presidente do partido, Domingos Simões Pereira, à presidência da República.
Importa referir que a exclusão do PAIGC (Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde), pela primeira vez, de uma corrida eleitoral está a marcar as eleições gerais, legislativas e presidenciais, convocadas para 23 de Novembro.
Durante a reunião, o secretariado nacional aprovou também “uma moção de confiança” a Domingos Simões Pereira, que continua a apresentar como candidato às eleições presidenciais.
A moção surge depois de um grupo de dirigentes que integram o Governo de iniciativa presidencial ter responsabilizado Simões Pereira pela situação actual e pedido um congresso extraordinário para clarificar a liderança.
O comunicado não faz menção a medidas que o partido possa tomar para contrariar a decisão judicial.
Entretanto, ainda na terça-feira, 14, de acordo com a imprensa guineense, o porta-voz do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), Mamadu Embaló, assegurou que a decisão do órgão superior judicial daquele país “é definitiva”.
O porta-voz recordou que a data limite para a inscrição das candidaturas era 25 de Setembro e que os responsáveis pela PAI-Terra Ranka entregaram o requerimento a 19 de Setembro.