Sociedade
Grupo Carrinho desafia Maria Luísa Abrantes a apresentar provas de alegado monopólio e ajustes directos
O Grupo Carrinho, através de uma nota de imprensa enviada ao Correio da Kianda, desafia a antiga Presidente da Agência de Investimento Estrangeiro e Privado de Angola (ANIP), a mostrar publicamente a lista de entidades que alegadamente detêm o monopólio do sector do agronegócio no país, bem como dos beneficiários dos ajustes directos.
Em causa, está, um artigo de opinião de Maria Luisa Abrantes, também conhecida por Milucha, em que refere que o grupo Carrinho, detêm o “monopólio de quase tudo”.
O referido artigo de opinião, surge no quadro do recente anúncio da criação do observatório de segurança alimentar em Angola.
“O Grupo Carrinho vem por este meio, refutar veementemente as alegações infundadas publicadas supostamente por Maria Luísa Abrantes, nas quais acusa o Grupo de deter o monopólio despudorado de quase tudo, e de práticas pouco correctas, e até mesmo ilegais, com o beneplácito das entidades públicas.
“Essas alegações são, não apenas falsas, e a autora, Maria Luísa Abrantes, faltou com a verdade. Em primeiro lugar, o Grupo Carrinho não detém qualquer monopólio e muito menos no sector agro-alimentar. Desafiamos, por isso e publicamente, a referida autora a apresentar provas concretas da existência desse monopólio”, refere o documento, acrescentando ainda que para facilitar “este exercício, aconselhamos que consulte a informação estatística disponível na ARCLA e na Administração Geral Tributária”.
Aquele grupo empresarial entende, que a verdade deve sempre imperar, e está convicto que a autora ficará muito surpreendida com as conclusões da consulta que lhe é sugerida.
Esclarece também, que durante quase 15 anos, as Forças Armadas Angolanas foram abastecidas por uma sociedade, propriedade de cidadãos estrangeiros, a CAMARUFI, sem qualquer estrutura em Angola, e sem qualquer investimento de relevo na economia angolana.
“Entendemos, por outro lado, que a sociedade deve sempre ser informada com verdade. Por conseguinte, convidamos, uma vez mais a autora a consultar a lista de todos os ajustes directos que foram realizados nos últimos 15 anos. E muito agradecíamos que publicasse essa lista, e assim, os angolanos poderiam, com um grau de elevada certeza, verificar quem está a faltar com a verdade”, lê-se.
Esclarece ainda que o Grupo Carrinho participa em processos abertos e competitivos, em igualdade de condições com outras empresas.
Até ao momento, há quase 31 anos de actividade, constam dos registos públicos apenas um ajuste directo, num sector que durante mais de uma década foi dominado por empresas estrangeiras, estranhamente, nunca alvo de qualquer crítica. “O Grupo Carrinho sempre actuou dentro dos limites da lei, na promoção de práticas de negócio transparentes e justas. “As nossas operações, são regidas por princípios éticos e de mercado, assegurando que todos os nossos parceiros e fornecedores, tanto nacionais como internacionais, são tratados de forma justa e equitativa”, refere.
Considerando estes factos, a acusação de que o Grupo Carrinho possui algum tipo de monopólio ou prática anti-competitiva “é infundada, e carece de prova substancial” e garante, entretanto, que tem desempenhado um papel vital na promoção da segurança alimentar, por via do fomento da agricultura, quer do sector familiar, quer da larga escala, contribuindo para a produção e distribuição de produtos agro-alimentares de qualidade.
Lembrar que no artigo de Maria Luisa Abrantes, no seu site pessoal, a 22 de Agosto corrente, a também advogada e consultora Internacional, refere que ” acabaram-se os concursos públicos para as FAA, assim como para os entrepostos logísticos , porque o Grupo CARRINHO por ajustes directos tem o monopólio de quase tudo”.