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Greve nos centros de hemodiálise com “provável” fim à vista

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Ao falar à Angop sobre o actual ponto de situação, o director clínico da instituição, o nefrologista Alcides Tomás, assegurou que o corpo médico interveio rapidamente, nesta terça-feira, e a situação dos pacientes em estado crítico está salvaguardada.

O nefrologista Alcides Tomás realça ainda que, devido a greve, só os casos mais graves receberam atendimento na Clínica de Hemodiálise daquela unidade hospitalar em Benguela.

Segundo ele, a prioridade recaiu para os pacientes que apresentaram falta de ar e um quadro emocional preocupante, tendo em conta os dois dias que ficaram privados da diálise, período durante o qual ingeriram bastantes líquidos e alimentos não recomendados.

“Os pacientes já retomaram as sessões de diálises, fruto do consenso entre a Direcção Provincial da Saúde e os funcionários grevistas”, confirmou a responsável, ressaltando, porém, a pronta mobilização dos enfermeiros como questão de ética e deontologia profissional no sentido de salvar os doentes.

Ainda assim, Alcides Tomás entende que o fim da greve está dependente da decisão que for tomada na reunião que está a decorrer esta quarta-feira, no Hospital Regional do Lobito, entre a empresa que gere essas clínicas, a administração do Instituto Angolano do Rim (IAR) e funcionários.

Já o director do Centro de Hemodialise do Lobito, João Bispo, preferiu sublinhar a sensibilidade de pelo menos três enfermeiros em efectuar as diálises aos doentes mais urgentes, num momento em que a greve ainda continua.

Contudo, João Bispo espera que a situação salarial dos profissionais em greve seja normalizada o mais tardar até sexta-feira, permitindo a retoma completa dos serviços e o atendimento aos utentes.

Alerta de igual forma que o Centro de Hemodiálise do Lobito está sem medicamentos essenciais para as sessões de diálise, dado que os abastecimentos deixaram de ser feitos, por falta de pagamento aos fornecedores.

Para ele, os doentes do Centro de Hemodiálise de Benguela estão em situação muito mais delicada do que os do Lobito, carecendo de diálises com urgência.

Cerca de 120 funcionários contratados pelos Centros de Hemodiálise de Benguela e do Lobito, respectivamente, reclamam seis meses de salários atrasados e, na segunda-feira, entraram em greve, o que piorou a situação dos 220 pacientes assistidos em ambas as clínicas.

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