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Economia

Greve nos Caminhos de Ferro de Luanda sem fim à vista

Dezoito dias depois do reinício da greve dos trabalhadores dos Caminhos de Ferro de Luanda (CFL), persiste o “braço-de-ferro” entre a comissão sindical e a direcção da empresa, que continua a alegar “falta de dinheiro” para responder as reivindicações.

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Os grevistas mantêm-se firmes na exigência de um aumento salarial na ordem de 80 por cento, principal ponto do impasse das negociações.

Os mesmos retomaram a greve a 18 de Abril último, desta vez sem serviços mínimos, porque a administração do CFL suspendeu todos – de transporte de passageiros e de mercadorias, por alegada insegurança decorrente das normas de segurança e autorização do Posto Comando.

Sobre o assunto, o director do Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa do CFL, Augusto Osório, explicou nesta segunda-feira que, até ao momento, não existe qualquer entendimento entre as partes, por incapacidade financeira da empresa.

Em declarações à Angop, disse que a empresa não tem condições para dar respostas a este ponto do caderno reivindicativo, embora tenha recebido um subsídio operacional do Orçamento Geral do Estado, que não permite fazer esse exercício de aumento.

Da parte dos trabalhadores, o secretário para informação da comissão sindical do CFL, Lourenço Contreiras, disse que estão a aguardar pelo pronunciamento do Conselho de Administração da empresa, para ultrapassarem o “braço de ferro”.

Referiu que estão flexíveis para negociar a forma de implementação dos 80 por cento   exigidos, desde que a direcção mostre interesse em negociar com a comissão sindical.

O CFL defende a necessidade da criação de novos negócios, como o transporte de combustíveis, recursos minerais, florestais e agrícolas, para elevar as suas receitas.

Nesta senda, a empresa tem um contrato com a Sonangol para transporte do combustível a Malanje, estando reflectido neste plano de negócios a execução de um ramal na Boavista (Luanda) para o enchimento directo no oleoduto para as cisternas.

Está já em curso a reabilitação do ramal que liga a estação terminal de Malanje para o centro de estocagem na mesma província numa de extensão 10 quilómetros.

A empresa vai trabalhar na revisão do ramal que liga a linha geral do Lucala para a central de estocagem de combustível, com o objectivo de servir o Uíge e Zaire, e a de Malanje que ligará às Lundas Norte e Sul.

A concretização destes projectos exigiria maior frequência do transporte de cisternas de combustíveis para esses dois pontos.

 

C/ Angop

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