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Greve no Ensino Superiror: estudantes em Luanda solidarizam-se com professores

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Estudantes de várias faculdades que compõem a Universidade Agostinho Neto, na capital do país, demonstraram, na manhã de hoje, 25, o seu descontentamento pelo facto de não verem resposta no caderno reivindicativo do sindicato dos Professores do Ensino Superior a nível do país.

Em uma entrevista concedida ao Correio da Kianda, os estudantes lamentaram a greve, por ser logo na abertura do ano acadêmico. Para eles, essa greve representa, a princípio, a incapacidade do Executivo em realizar o que promete.

“É inadmissível que uma ministra queira sentar com o sindicato para negociar se vai ou não dar condições de trabalho aos professores (estamos a falar de marcadores, computadores, projectores, giz, apagadores)”, disseram os estudantes.

Para os discentes, essa greve é o clímax da precariedade do ensino superior público em Angola, onde professores que deviam desenvolver o conhecimento e dar soluções a problemas sociais, não tem sequer o que comer e beber no local de trabalho.

De acordo com os mesmos, afirmam ser impossível desenvolver o país com professores do ensino superior trabalhando em péssimas condições e com salários precários. “É importante que o estado atenda todas as reivindicações sem negociatas”, acrescentaram os estudantes.

Os estudantes defendem que os professores além de comer bem, deve possuir bons livros, bons meios de se comunicar com o mundo, estar sintonizados na realidade social, cultural, económico e político. Assim os docentes poderão apresentar uma prática de ensino para seus alunos que seja capaz de contribuir para o desenvolvimento histórico da humanidade, país e o mundo.

Para a entidade empregadora, os estudantes apelam, de todo modo o bom senso e seriedade pelas partes envolvidas, pois o prolongamento desta greve compromete seriamente o aprendizado, que já é precário.

Radio Correio Kianda




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