Politica
Manifestação dos estudantes: Criticada ausência do Governo na última reunião
A ausência dos representantes dos ministérios da Educação e das Finanças na reunião promovida pelo Movimento dos Estudantes de Angola (MEA) nesta quarta-feira, em Luanda, traduz-se na falta de vontade política e igualmente falta de interesse dos dirigentes em resolver os problemas básicos da população, de acordo com Agostinho Paulo.
O encontro pretendia discutir a proposta de revisão do Decreto Executivo conjunto que aprova as regras e procedimentos para a fixação e alteração do valor das propinas e emolumentos referentes aos serviços de educação e ensino prestados por instituições de ensino privadas e público-privadas.
No dia internacional de Nelson Mandela, estadista Sul-africano, lembrado, dentre outros pensamentos, pela célebre frase “A educação é a arma mais poderosa que podemos usar para mudar o mundo”, o especialista Agostinho Paulo disse que “só não percebe isso quem não quer mudar o país”.
Como um exemplo a ser seguido, o especialista aponta para a realidade do Burkina Faso.
Entretanto, o líder associativo, Francisco Teixeira, afirmou que a tentativa de negociação com os ministérios de tutela que visava discutir o actual modelo de reajuste automático dos valores praticados com base na inflação tem resultado em efeitos socialmente regressivos, restringindo o acesso à educação para milhares de famílias angolanas.
Francisco Teixeira reitera que a manifestação de sábado será o arranque de muitas outras em todo país.