Segundo o responsável, como resposta, para inverter a situação, a actividade daquele departamento ministerial centra-se mais na aquisição e na viabilização de insumos (matéria prima para agricultura) para os produtores.
Para David Tunga, trata-se de um trabalho conjunto entre os ministérios da Agricultura, Comércio, Indústria, Planeamento e Saúde para dar resposta aos desafios que se colocam ao país.
“É um trabalho conjunto para efectivamente ir detectando as situações, sobretudo no meio rural, e ao nível central e provincial gizar os programas que possam dar respostas a esses desafios que se colocam ao país”, disse.
O director do IDA, que falava aos jornalistas no final de uma conferência de imprensa alusiva ao Dia Mundial da Alimentação, que hoje se assinala, assumiu que a situação das crianças desnutridas, por falta de alimentos, “é preocupante”.
“Por isso é que a esta medida nós vamos implementando projectos para aumentar a produção”, frisou.
David Tunga recordou as limitações impostas pela pandemia do novo coronavírus, sobretudo no domínio da exportação de produtos alimentares, observando que os países estão a adoptar medidas internas para aumentar e melhorar a produção e a produtividade para “aumentar a disponibilidade de alimentos aos cidadãos”.
De acordo com o responsável, para o combate da fome e pobreza no país estão em curso um conjunto de acções com realce para o Plano de Aceleração Integrado da Agricultura Familiar e Pesca.
O Projecto de Desenvolvimento da Agricultura Familiar e Comercialização (MOSAP), orçado em cerca de 95 milhões de dólares (81 milhões de euros) financiados pelo Banco Mundial, e um outro denominado SAMAP, orçado em 38 milhões de dólares (32,4 milhões de euros), foram também destacados pelo responsável.
“Temos também o projeto de recuperação da agricultura familiar que está a actuar no sul de Angola com cerca de 8 milhões de dólares [6,8 milhões de euros]”, exemplificou, acrescentando que “o Governo tem um conjunto de programas”.
A nível do Ministério da Agricultura e Pescas, “temos programas ligados à produção vegetal, à produção animal, temos programas ligados à produção de pesca e aquicultura, portanto esse conjunto de projectos depois traduzem-se nas diversas acções que estão em curso”.
A implantação de escolas de campo, metodologia adoptada pelo Governo angolano para a transferência de conhecimentos de pequenas tecnologias às comunidades rurais, foi ainda destacada por David Tunga no quadro das acções em curso.
“Estamos a capacitar os camponeses, primeiro na sua estruturação e depois na organização da produção, mas também estamos a usar esse mecanismo para fortalecer o processo da comercialização da produção”, disse.
“Cultivar, Alimentar, Preservar. Juntos” é o lema das celebrações deste Dia Mundial da Alimentação, que marca igualmente o 75.º aniversário da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO).
Por Lusa