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Governo quer criar um Centro para depósito das ossadas das vítimas dos conflitos políticos

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Um Centro de Análise Forense e Conservação de Ossadas das Vítimas dos Conflitos Políticos deve ser lançado, este ano, no país, anunciou esta segunda-feira, em comunicado, a comissão responsável pelo projecto.

Trata-se da Comissão para a Implementação do Plano de Reconciliação em Memória das Vítimas dos Conflitos Políticos (CIVICOP), coordenada pelo ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, Francisco Queiroz.

O comunicado da reunião de avaliação realizada hoje, em Luanda, refere que no encontro foi partilhada informação sobre localização e entrega das ossadas das vítimas dos conflitos que ocorreram no país de 1975 a 2002.

No encontro, os coordenadores dos subgrupos de especialidade (Saúde, Justiça e Direitos Humanos, Interior e Comunicação Social) e os seus titulares receberam também informação sobre o trabalho da Comissão de Averiguação e Certificação de Óbitos das Vítimas dos Conflitos Políticos.

De igual modo, foram informados sobre a continuação do processo de entrega de certidões de óbito.

O Governo começou, em Maio último, a entregar, formalmente, os primeiros certificados de óbito às famílias das vítimas dos conflitos armados, cuja entrega simbólica abrangeu três familiares de pessoas falecidas no 27 de Maio de 1977.

Na altura, o processo arrancou na província de Luanda com uma cerimónia sob o lema “Abraçar e Perdoar”, devendo se estender a todo o país, de forma gratuita.

No quadro da reunião desta segunda-feira, os membros da Comissão constataram a “grande complexidade técnica” do processo de localização e identificação das vítimas, acrescida da morosidade por questões de ocupação de terra e densidade populacional nas zonas geográficas identificadas.

A CIVICOP funciona como uma plataforma, por via da qual o país lida com os episódios de violência física ou espiritual, bem como os mecanismos que proporcionam o diálogo convergente.

Trata-se de mecanismos que visam evitar factores que possam enfraquecer as bases para a construção da paz e reconciliação nacional.

Por Angop 




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