Economia
Governo quer aumento para 10% dos níveis de produção de derivados de petróleo
A Sonangol deve subir os níveis de produção de derivados de petróleo dos actuais 2% para 10%, nos próximos cinco anos, conforme referiu o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo.
Segundo o ministro, que falava na cerimónia em que conferiu posse ao novo administrador executivo, Berlamino Emílio Chitangueleka, nomeado pelo Presidente da República, João Lourenço, a Sonangol tem vários desafios para os próximos tempos.
Diamantino Azevedo apelou ao empenho do Administrador na execução de “algumas tarefas prioritárias importantes para o sector do Petróleo e Gás no nosso país”. Entre as tarefas consta a execução da estratégia de exploração e produção da Sonangol, que segundo fez saber, “prevê, entre outras, o aumento da posição de operadora para atingir, no mínimo 10% até ao fim deste mandato”.
O governante reconhece ser um desafio enorme, que apesar de a Sonangol já estar a executar, pediu a Berlamino Emílio Chitangueleka, nova dinámica para a sua efectivação.
“Na fase actual da situação de produção de petróleo no nosso país, em que se registram declínios, precisamos aumentar a prospecção, pesquisa de mais recursos, precisamos de aumentar a participação da Sonangol como operadora no nosso país”, referiu.
Estes desafios, acrescentou, requerem da Sonangol maior dinámica e do Administrador empossado, “todo o seu empenho”.
O ministro Diamantino Azevedo pediu “especial atenção” ao segmento de donwstrens, para o sector da distribuição de combustíveis no país, com destaque para a luta contra o contrabando nas províncias fronteiriças como Cabinda e Zaire, e nas constantes rupturas de distribuição no leste do país.
Ao falar à imprensa, o Administrador Executivo da Sonangol, Berlamino Emílio Chitangueleka, disse que apesar de sair do sector do upstrems, vai inteirar-se dos problemas que estão a originar o contrabando de combustíveis para a seguir estabelecer as linhas de acção, com vista a sua resolução. A resolução vai guiar-se na estratégia da empresa pública.
Quem também tomou posse no Conselho de Administração da Sonangol, é o Presidente da Comissão Executiva, Mauro Patrice de Almeida Graça. Ao conferi-lo posse, o PCA Sebastião Pai Querido lembrou-lhe das tarefas específicas que a posição lhe confere na petrolífera estatal.
“Não faremos uma mudança que dé origens à grandes perturbações, pelo contrário iremos melhorar aquilo que a Sonangol sempre esteve habituado a fazer, para o qual, eu peço o vosso empenho e toda a dedicação”, referiu.
Quando questionado pela imprensa sobre os seus eixos prioritários de actuação, o PCA Mauro Patrice de Almeida Graça disse a melhorar a imagem externa da empresa e garantir o abastecimento de combustíveis no país.
Disse também que será feito um levantamento das situações que vêm originando rotura na distribuição de combustíveis em algumas províncias.