Economia
Governo protegeu as classes baixas contra subida de preços dos combustíveis, considera economista Wilson Chimoco
Na live de Facebook “O impacto dos subsídios aos combustíveis nas contas públicas”, o economista Wilson Chimoco defendeu que as medidas de mitigação do governo garantem que as classes mais baixas não vão pagar pela subida dos preços da gasolina. Numa conversa guiada por Gilmário Vemba, Wilson Chimoco indicou também que a canalização dos recursos dos subsídios para programas sociais vai aumentar o nível de vida dos angolanos mais pobres.
A estratégia do governo para retirar os subsídios aos combustíveis está a ser realizada “segundo a lógica da equidade” e tem o objectivo de “proteger as populações mais carenciadas”, considerou hoje Wilson Chimoco, na live “O impacto dos subsídios aos combustíveis nas contas públicas”.
A “chave está nas medidas de mitigação”, comentou o especialista. “Ao atribuir cartões de combustível” aos taxistas, moto-taxistas, “gira-bairros” e pescadores artesanais, “o governo assegura que tanto sectores produtivos essenciais, como as pessoas que usam meios de transporte públicos continuem a usufruir do subsídio”, notou. Na prática, afirmou, “são as classes com poder de compra mais elevado, com rendimentos e pelo menos uma viatura, quem vai sentir o impacto deste ajuste e quem vai pagar a diferença de 140 kwanzas do preço de gasolina, não os mais carenciados”.
O economista admitiu que “a retirada parcial do subsídio está a ter efeitos nos preços de vários produtos de consumo”, mas sinalizou que a canalização para áreas sociais dos actuais 2,15 biliões de kwanzas destinados à subvenção dos combustíveis “ajudará a melhorar significativamente as condições de vida dos angolanos mais desfavorecidos, criando riqueza, emprego e mais e melhores salários”.
Entre as medidas anunciadas pelo governo, Wilson Chimoco destacou “o aumento, em breve, do número de beneficiários do Kwenda e do valor transferido para as famílias abrangidas pelo programa”, que “passam a receber 11 mil kwanzas mensais, em vez de 8 mil”. “É importante reconhecermos que 11mil Kwanzas para uma família que vive num munício distante como o Curoca, província do Cunene, faz muito mais diferença comparativamente a quem está em Luanda. Ao passar a receber este valor todos os meses significa maior incremento na alimentação, e oportunidade de começar uma actividade produtiva”.
O economista realçou também que, “apesar do recorte, o preço da gasolina em Angola continua muito abaixo do preço de venda no mercado internacional, de onde se importa grande parte do combustível do país, e que ronda os 600 kwanzas por litro”.
No dia 1 de Junho, o Conselho de Ministros determinou a redução parcial dos subsídios ao preço da gasolina e a execução de medidas de mitigação, entre as quais a manutenção do preço de 160 kwanzas por litro para o sector dos transportes públicos, regulares e urbanos e da pesca artesanal, e o reforço do programa social Kwenda com verbas antes destinadas aos subsídios de combustíveis.
Durante uma animada conversa, que atraiu uma audiência de mais de 10 mil pessoas, Gilmário Vemba enfatizou a necessidade de sentirmos o verdadeiro impacto das medidas de mitigação. Além disso, instou os angolanos a exercerem a sua fiscalização enquanto cidadãos, exigindo que os subsídios retirados dos combustíveis sejam genuinamente direccionados ao aumento do investimento na saúde, educação e qualidade de vida. Ao encorajar essa postura proactiva, o humorista não apenas ressaltou a importância de garantir a adequada distribuição desses recursos, mas também apelou à participação cidadã na construção de um futuro melhor para todos.
8 mil no Curoca: numa mesma, é retirar retirada aqueles preconceitos:
Entre as medidas anunciadas pelo governo, Wilson Chimoco destacou “o aumento, em breve, do número de beneficiários do Kwenda e do valor transferido para as famílias abrangidas pelo programa”, que “passam a receber 11 mil kwanzas mensais, em vez de 8 mil”. “Para quem não tinha nada numa realidade rural como, por exemplo, no município distante do Curoca no Kunene, puder ter agora 11 mil kz mês faz muita diferença. É mais um quilo de açúcar, mais uma barra de sabão e um litro de óleo