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Governo Guineense suspende as actividades da RTP, e da RDP

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As autoridades bissau-guineenses decidiram suspender os sinais de captação das emissões da RDP e RTP África no seu país.O Governo guineense justificam medida por segundo ele não ter havido por parte do seu homólogo português uma resposta favorável, no tocante à renegociação dos acordos que possibilitaram a presença dos citados media em Bissau. Por intermédio do Ministério dos Negócios Estrangeiros, o Governo português lamentou a decisão, que considerou inaceitável se se atender aos laços estreitos que ligam Portugal à Guiné-Bissau.

Os sinais em circuito aberto das antenas africanas da radio e televisão de Portugal deixaram de ser captados na Guiné-Bissau desde as zero horas deste sábado. O Governo de Bissau cumpriu assim a sua decisão de desligar as emissões da RDP e RTP Africa pelo facto de, alegadamente, Lisboa não ter ainda respondido aos apelos para que os dois governos sentem à mesa a fins de renegociarem os termos que permitiram que aqueles dois órgãos estejam instalados na Guiné-Bissau. Bissau afirma que os acordos já estão caducos por terem sido rubricados há 20 anos.

Inicialmente a medida do executivo guineense incluía também a agência de notícias Lusa, mas ainda ontem, poucas horas depois do anúncio de que a Lusa, a RDP e a RTP Africa deveriam cessar as actividades, o ministro da Comunicação Social, Vítor Pereira, informava a Lusa de que afinal podia continuar a operar na Guiné-Bissau.

O Governo guineense considera que não fazia sentido incluir a Lusa no mesmo pacote das revindicações a fazer perante o executivo de Lisboa, porquanto os termos do acordo que permitiram a instalação da RDP e RTP Africa na Guiné-Bissau não são os mesmos.

O corte dos sinais da radio e televisão de Portugal na Guiné-Bissau é tema das conversas com os analistas de politica .Organizações da sociedade civil a considerarem ter sido uma medida com cariz político por parte das autoridades guineenses que insistem, por sua vez, alegando que a medida tem apenas haver com a caducidade dos acordos.

A acusação segundo a qual seria uma medida que visa cercear a liberdade de expressão e de imprensa, afastando da Guiné-Bissau os órgãos internacionais, foi rejeitada pelo ministro da Comunicação Social guineense, Vítor Pereira. Pereira responde com a argumentação de que se fosse caso disso, a própria RFI e outros órgãos também seriam encerrados.

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