Governo garante integração de 150 mil jovens no sistema produtivo nos próximos cinco anos

Com o lançamento do programa da campanha agrícola actual, que se insere na estratégia de transformação dos sistemas agrícolas, o Governo angolano garante a integração de 150 mil jovens no processo produtivo agrícola nos próximos cinco anos, com a entrega de parcelas de terra e apoio técnico e financeiro nas 21 províncias do país.

Na referida campanha, prevê-se a distribuição de 25 hectares para cada jovem, dos 450 a serem seleccionados anualmente, em cada uma das 21 províncias, com o objectivo de estimular a produção nacional.

O projecto arrancou na província do Moxico, onde o Director do Instituto de Desenvolvimento Agrário, Felismino da Costa, mencionou a inclusão de infraestruturação, legalização das terras, capacitação e acompanhamento.

“Esta é uma projecção que vai permitir que cada província mobilize até 2030 cerca de 1050 jovens e com uma área mínima de 25 hectares para cada jovem. Estamos a falar de uma perspectiva de aumento de área de mais de 550 mil hectares dedicados a estes jovens. As administrações municipais identificam o terreno, são os jovens que recebem o seu lote de terreno, com o respectivo título de concessão de terras e depois começa a acontecer todo um processo de infraestruturação do lote”, disse.

O Director disse ainda que o processo será abrangente e progressivo. Explicou ainda que já foram lançados 29 jovens, de um conjunto de 50, na província do Moxico, município do Camanongue, e que o processo de inserção dos jovens, também decorre em outras províncias do país. Reiterou que o financiamento será desembolsado olhando para as caraterísticas produtivas de cada região.

“De acordo com o pacote tecnológico definido por cada região, ou seja, as culturas que eles vão praticar, os equipamentos para irrigação, os equipamentos para mecanização, eles vão receber sob forma de financiamento a crédito com modalidades de financiamento bem definidas do FADA, e têm a obrigatoriedade de reembolsar nos prazos previstos porque eles recebem todo um apoio técnico, não só do saber fazer agricultura, mas também da gestão, planeamento e gestão financeira da sua própria exploração”, avançou.