Economia
Governo exorta empresários turcos a investir em Angola
O governo angolano exortou os empresários turcos a aproveitarem as garantias que as leis angolanas oferecem aos estrangeiros que pretendam investir no país, em que se destaca as reformas jurídico-institucionais, através das quais deixou de haver a exigência de um milhão de dólares americanos como montante mínimo para se investir em Angola.
A persuasão foi manifestada nesta segunda-feira, 30, pelo Secretário de Estado para o Comércio, Amadeu Leitão Nunes, quando discursava no Fórum de Negócios Angola – Turquia, que visou promover negócios das indústrias alimentar e têxtil entre os dois países.
A intenção, de acordo com aquele governante, é melhorar as trocas comerciais entre Angola e Turquia, que apesar de existirem potencialidades, continuam reduzidas.
Amadeu Nunes Leitão, destacou no seu discurso o parque industrial de Angola constituído por cinco zonas, nomeadamente os Pólos Industriais de Viana, Bom Jesus, no eixo Luanda-Bengo, da Catumbela (Benguela), de Fútila (Cabinda), dos Parques industriais e Zonas Económicas Especiais, e do Parque de Expansão de Pequenas Indústrias Rurais em todo o país, e que carece de investimento estrangeiro.
Com isso, o governante mostrou-se convicto de que a partir de Janeiro de 2021 “pelo menos 60% dos empresários turcos, a partir de Janeiro estará de viagem marcada para Angola e reclamar pelo seu direito de contribuir para o desenvolvimento e bem-estar dos nossos povos e país”.
O Secretário de Estado para o Comércio referiu ainda que “há um conjunto de atribuição de benefícios e incentivos fiscais e aduaneiros que passou a ser mais selectiva, sobretudo quando o investidor direcciona o seu investimento em sectores e clusters prioritários, de maior geração de empregos, melhor satisfação das necessidades básicas da população, maior valor acrescentado nacional e contribuição relevante para a diversificação da economia”, como as indústrias alimentares, têxteis, vestuário e calçado, construção civil, reciclagem de papel, plásticos, metalurgia, entre outras.
Com o propósito de melhorar as relações comerciais entre os dois estados Amadeu Leitão Nunes advogou a realização de visitas de prospecção mútua para identificar produtos de interesse para o intercâmbio comercial e explorar as potencialidades existentes e que cada um dos países pode oferecer, bem como reforçar e o estado actual das relações comerciais.
Para tal, o governante disse ser igualmente necessário maior incentivo às Câmaras de Comércio e Indústria dos dois países, a realização de feiras durante as quais se promovam os produtos de ambos os países.
Entre as melhorias apontadas por Amadeu Nunes Leitão para a atracção do investimento privado estrangeiro, particularmente os turcos, consta a retirada da exigência legal de um milhão de Dólares americanos como exigência mínima para se investir em Angola, o que, segundo fez saber “durante vários anos, desacelerou muitas das intenções de investimento no nosso país, principalmente por parte das médias e pequenas empresas, que hoje gozam de maior protecção e garantias do Estado”.
Sublinhou ainda a posição geoestratégica de Angola, “os abundantes recursos naturais, as extensas áreas de solos férteis, as potentes fontes de energia hídrica, a estabilidade política e militar, bem como a rede de infraestruturas de transporte e logística, como outros factores de garantia de condições favoráveis ao investimento estrangeiro.