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Economia

Governo “encaixa” 12 mil milhões de kwanzas em jogos de azar

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O aumento gradual dos jogos de fortuna e azar, no Produto Interno Bruto angolano, é mais do que evidente, e pode até ultrapassar, em tempo recorde, o peso que alguns sectores têm na economia nacional. É só olharmos para a adesão e para o elevado número de pessoas de todos os extractos sociais, em cada esquina onde há uma máquina de registos de fichas, para se dar sustentabilidade aos números que o Instituto de Supervisão de Jogos avança.

De acordo com o Director do Instituto de Supervisão de Jogos, Paulo Jorge Ringote, o aumento gradual do volume de receitas provenientes do sector de jogos, tem a ver com a consolidação da reforma iniciada, a três anos.

“Até ao final do terceiro trimestre houve uma arrecadação directa e efectiva para o Tesouro Nacional, um pouco mais de 12 mil milhões de kwanzas, uma arrecadação de mais de 14% em relação a todo exercício de 2023, podendo vir a situar-se em mais de 50% no final do exercício de 2024”, disse Paulo Ringote.

Paulo Ringote, avançou ainda, que o aumento do volume de receitas, do sector de jogos para os cofres de estado em 2025, período em que entre efectivamente em exploração o primeiro casino em Angola.

“As perspectivas de curto prazo são prósperas, marcadas pelo inicio de exploração do primeiro Casino, no nosso país bem como, pelo breve reinicio dos jogos de lotaria, como os jogos de Totoloto, Totobola, e as Raspadinhas da sorte”, avançou o director.

O especialista em Direito Fiscal Silvestre Francisco, entende que dada a adesão que o sector de jogos vem registando nos últimos anos, rapidamente pode tornar-se num grande contribuinte do PIB angolano.

“A adesão ao jogo, por hoje, diferente do passado é um ato de resiliência, pois nos próximos tempos, podemos até ouvir que é um dos sectores que mais agrega, contudo, a arrecadação que se observa hoje, deve-se exclusivamente pelo aumento da actividade nos formatos que se impõe e na ausência de alternativas, sem desmerecer os praticantes natos e não em função das alterações tributárias, em sede do sector, por hoje não temos nenhuma chance de ter um sistema tributário harmonioso, sem que se corrijam as falhas na economia”, disse Silvestre Francisco.

Radio Correio Kianda




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