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Governo cria grupo de trabalho para combater praga de gafanhotos

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O Executivo criou um grupo de trabalho para combater a praga de gafanhotos que afecta as províncias do Cuando Cubango e Cunene.

Segundo o comunicado da Casa Civil do Presidente da República, coordenam o grupo os ministros de Estado da Casa de Segurança do Presidente da República, Pedro Sebastião, e para Área Social, Carolina Cerqueira.

O mesmo grupo de trabalho, que reuniu, nesta segunda-feira, 12, na Cidade Alta, é integrado pelos ministros do Interior, da Administração do Território, Agricultura e Pescas, e da Cultura, Turismo e Ambiente, além de membros das Forças Armadas Angolanas.

 O ministro da Agricultura e Pescas, António de Assis, assegurou que todas as medidas estão a ser tomadas para mitigar os efeitos da praga de gafanhotos que assola as províncias do Cuando Cubango e Cunene.

Em declarações à Televisão Pública de Angola (TPA), o governante disse tratar-se de gafanhotos migratórios provenientes de outras paragens, sobretudo de regiões desérticas e semi-desérticas do Sahel. António de Assis assegurou que equipas multissectoriais já trabalham no terreno para controlar a praga, que já provocou a destruição de mais de 200 lavras.

“Estamos neste momento a reforçar, ainda mais, as posições no Cuando Cubango, enquanto no Cunene as equipas já trabalham desde sexta-feira”, afirmou.

Para averiguar a situação no terreno, o secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, João da Cunha, acompanhado por uma delegação multissectorial integrada por representantes da Força Aérea Nacional, FAO, Gesterra, INAVIC, Serviço de Protecção Civil e Bombeiros chegaram, ontem, à província do Cunene.

De recordar que a nova onda de gafanhotos do deserto ameaça a segurança alimentar na África Austral. Os gafanhotos já  destruíram plantações e pastagens em Botswana, Namíbia, Zâmbia e Zimbábue.

A Organização da ONU para Alimentação e Agricultura – FAO lançou um plano de resposta de emergência e pede acção imediata para combater riscos nestes países que ainda se recuperam da seca de 2019 e lidam com as consequências da pandemia de covid-19.

Por outro lado, a FAO alerta ainda que nuvens de gafanhotos migratórios estão ameaçando a segurança alimentar de milhões de pessoas.

Praga de gafanhotos pode comer num dia alimentos suficientes para alimentar 2.500 pessoas




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